Grupo formado por republicanos cobra respostas sobre contas encerradas
Por Gustavo Costa
Os estados tradicionalmente republicanos nos Estados Unidos estão querendo explicações do Bank of America a respeito de uma situação de possível descriminação de grupos cristãos e conservadores.
Uma carta assinada por Kris Kobach, procurador-geral do Kansas, cobra da instituição os documentos relacionados a processos de cancelamento de conta, além de exigir que o banco atualize os serviços para não discriminar clientes com determinadas crenças ou ideologia partidária. “Infelizmente, o Bank of America parece estar condicionando o acesso aos seus serviços a clientes que tenham as opiniões religiosas ou políticas preferidas do banco”, aponta.
A carta de Kobach ganhou o apoio de parlamentares do Alasca, Arkansas, Carolina do Sul, Indiana, Iowa, Mississippi, Missouri, Montana, Nebraska, Texas e Utah.
A manifestação aconteceu após a notícia de que o Bank of America enviou ao FBI e ao Tesouro dos EUA dados financeiros de clientes para ajudar na investigação de crimes cometidos durante o protesto de 6 de janeiro de 2021, no Capitólio, em Washington.
O documento aponta ainda que a entidade financeira desbancarizou, – termo utilizado para descrever a mudança de preferência dos investidores – os grupos cristãos Indigenous Advance, Timothy Two Project International e a igreja Servants of Christ, no Tennessee.
Segundo Kobach, o Projeto Timothy Two teve sua conta cancelada pelo Bank of America por “operar um tipo de negócio que optamos por não atender”. O Indigenous Advance também teve sua conta cancelada por “não está mais alinhada com a tolerância ao risco do banco”. Por fim, a Servants of Christ teve sua conta cancelada porque “era o tipo de negócio errado”.
O Bank of America se defendeu, dizendo, ao DailyMail, que “As crenças religiosas não são um fator em qualquer decisão de encerramento de conta”. Muita água ainda deve correr debaixo dessa ponte.