back to top
24.9 C
Vitória
sábado, 7 DE dezembro DE 2024

Ativista cristã recebe prêmio por lutar pelos perseguidos no Irã

Foto: Article 18

Mary Fatima Mohammadi, de 24 anos, já foi presa e torturada por deixar o Islã e ficou conhecida por protestar contra o governo

Por Patricia Scott 

A ativista e cristã iraniana, Mary Fatima Mohammadi, de 24 anos, recebeu o Prêmio Stephanus 2023, oferecido pela Fundação Stephanus para Cristãos Perseguidos. A premiação aconteceu, na última semana, em Bonn, na Alemanha.

Mary foi reconhecida pela “coragem excepcional” e pela “abnegação extraordinária” na luta pelos direitos dos cristãos perseguidos no Irã. “Este prêmio me encoraja a continuar lutando pelos oprimidos e defendendo os direitos humanos”, ressaltou.

- Publicidade -

Mary dedicou o prêmio a todas as mulheres perseguidas que continuam lutando sem receber apoio. Ela incentivou todos aqueles que defendem a causa dos perseguidos a exigirem a libertação de prisioneiros em governos ditatoriais, que foram detidos por motivos religiosos ou políticos.

“A jovem de 24 anos não apenas reivindicou o direito de mudar sua fé no Irã, onde se afastar do Islã é considerado um crime. Ela também compilou e publicou informações sobre a perseguição de dissidentes pela ditadura totalitária, incluindo o tratamento desumano de detentos nas prisões de Qarchak e Fashafoye”, ressaltou a Fundação Stephanus para Cristãos Perseguidos, em comunicado à imprensa.

Perseguição no Irã

No Irã, Mary Fatima foi presa diversas vezes por protestar contra o regime opressor. A ativista cristã foi detida pela primeira vez durante um culto em uma igreja doméstica, logo após deixar o Islã e se converter ao Cristianismo, aos 19 anos.

Mary enfrentou tortura e maus-tratos enquanto esteve na prisão de Evin, de novembro de 2017 a maio de 2018. Ela também foi expulsa da universidade e perdeu o emprego como professora de ginástica.

Em janeiro de 2020, Mary foi presa durante um protesto contra o governo, após a Guarda Revolucionária Islâmica abater o voo 752 da companhia aérea ucraniana, que matou 176 pessoas. Ela foi detida, atacada e abusada sexualmente pelas forças de segurança na Praça Azadi, em Teerã.

Mary foi condenada a três meses de prisão e a 10 chibatadas. No entanto, o caso gerou comoção e ganhou as manchetes em todo o mundo.

O governo dos Estados Unidos fez uma campanha, exigindo a liberdade de Mary. Já o International Christian Concern, organização que apoia os cristãos perseguidos, chamou Mary de “a mulher mais corajosa do Irã”.

Em fevereiro de 202, ela foi libertada sob fiança. No entanto, as ameaças continuaram, e Mary foi acusada de “perturbação da ordem pública”. Finalmente, em 21 de fevereiro de 2022, Mary conseguiu deixar o Irã.

Com informações UCA News

Receba notícias no seu WhatsApp

Receba as novidades no seu e-mail

Acompanhe nosso canal no Google news

- Publicidade -

Matérias relacionadas

Publicidade

Comunhão Digital

Publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

VIDA E FAMÍLIA

- Publicidade -