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segunda-feira, 18 março 2024

Até que as finanças nos separem!

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"Quando deixei de lado o amor e passei a ter obsessão pelo dinheiro, acabei afastando-me de Deus" - Foto: Acervo Next

“Quando deixei de lado o amor e passei a ter obsessão pelo dinheiro e pelas finanças, acabei afastando-me de Deus”

Esta é uma frase que muito se escuta por todos os lados: ‘Até que o dinheiro não acabe o casamento consegue ficar de pé’; parece que tem sido uma verdade na vida de muitos casais. A busca desenfreada pelo dinheiro, o fascínio por querer acumular bens, no afã de ser visto no “pódio da fama”, parece ser a realidade mais exposta diante desses dias em que o capitalismo domina de maneira assustadora.

O dinheiro, de fato, ganhou o “prêmio” de ser uma vitrine fascinante na vida de todos que vêm dando cada vez mais espaço e atenção para ele. Por que o dinheiro é uma das maiores fontes de transtornos na vida de um casal? Onde fica o amor apaixonado, diante do vital metal? Acredito que a resposta começa no namoro, quando, em um determinado tempo, os “pombinhos” apaixonados percebem que são totalmente diferentes em relação à administração do dinheiro. Um é “água” e o outro é “óleo”. Na relação quanto ao dinheiro, um jugo totalmente desigual.

A impressão que se tem não é outra senão a de muitos casais correndo loucamente atrás do dinheiro, tentando cada vez mais melhorar de vida e adquirir bens e, depois de conseguirem tal objetivo, acabam se separando. Pesquisas afirmam que 50% das famílias americanas discutem por causa do dinheiro. Fico imaginando: se a maior potência mundial vive esta realidade, imagine o Brasil e demais países.

Com certeza, o ponto nevrálgico se deve à falta da boa e conscienciosa administração das finanças. O dinheiro é uma bênção quando o casal sabe colocá-lo em seu devido lugar. No entanto, pode ser uma desgraça quando ocupa o lugar em que Deus deveria estar.

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O escritor Rubens Alves disse que o dinheiro, desde que foi inventado, passou a ser um forte concorrente de Deus na vida das pessoas. Vários casais vêm dando tanto espaço, tempo e valor ao dinheiro que Deus começou a perder o seu lugar, e consequentemente, como colheita, tais casais vêm perdendo tudo.

Jesus falou: sem mim nada podeis fazer. Embora a Bíblia afirme que o homem pode ser bem-sucedido, próspero através da escada do trabalho, fidelidade a Deus, coração generoso, somados a uma sábia e boa administração financeira, no entanto, muitos, por causa da ganância exacerbada, vêm fazendo do dinheiro um deus.

A senadora Heloisa Helena afirmou: “Está na Bíblia, que ou serve a Deus, ou ao demônio. Portanto, quem serve ao capital vai virar churrasco do demônio” (revista Enfoque, julho de 2006, p.10). Quem é o seu Deus?

M. Lutero afirmou que “já tive muitas coisas em minhas mãos, mas acabei perdendo-as todas. No entanto, tudo que coloco nas mãos de Deus continua sendo meu para sempre.”

É exatamente esse o maior drama do homem diante de um mundo capitalista. Eis a grande questão. Como separar o coração do dinheiro e devotá-lo tão somente ao Criador, e, ao mesmo tempo, usar o dinheiro com sabedoria? É possível! Podemos amar – e como devemos cultivar este sentimento, o mais belo nobre da vida – com uma grana ao lado. Se o amor já é um mel, com certeza, será transformado em um “melado”.

Cultivar o amor, e ser vigilante com a grana, seja ela um “grão” ou uma “montanha”, sem ter nenhum sentimento por ela, a não ser a necessidade dela para a sua vida aqui nesta terra, mostrará a sua inteligência e o fará um homem sempre bem-quisto e bem-visto aos olhos de Deus.

Este Artigo foi publicado originalmente em 13 de Setembro de 2010, no Site da Revista Comunhão. As pessoas ouvidas e/ou citadas podem não estar mais nas situações, cargos e instituições que ocupavam na época, assim como suas opiniões e os fatos narrados referem-se às circunstâncias e ao contexto de então.

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