Muita gente baseia sua vida na astrologia para entender os “mistérios da vida”. Mas essa prática é condenada por Deus
Por Syria Luppi
Evangélica há três anos, Karina, 19, todos os dias lê um jornal de grande circulação do Estado. Gosta muito de observar as notícias ligadas à sua cidade, Vitória, aprecia a coluna dedicada aos artistas, mas uma em especial ela não resiste em dar uma conferida: a que apresenta o horóscopo do dia.
Capricorniana, segundo o zodíaco, Karina acha que tudo que ela lê bate com a situação que ela está vivendo. “É incrível, às vezes até me impressiono com isso. Mas muita coisa que eu leio, a maioria posso dizer, tem a ver comigo, sim. E já notei isso também nos meus relacionamentos. Quando namorei rapazes com os quais meu signo não batia, realmente nosso namoro não deu certo”.
Alguns podem se impressionar com a atitude de Karina, mas, creiam, isso é comum. A astrologia está entre nós, nos jornais, na televisão, no cinema, nas revistas para públicos direcionados (os adolescentes são os preferidos) e em muita coisa que se ouve nas músicas.
Seus adeptos estão espalhados em todas as camadas sociais e confiam plenamente na revelação do horóscopo. A ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Nancy Reagan, não negou que a astrologia influenciou o governo do ex-presidente Ronald Reagan.
Além dessas previsões, os signos do Zodíaco já viraram desenhos animados e sempre são tema de muitos deles. Existe no Brasil vários cursos direcionados para o conhecimento dos astros e do esoterismo, e é muito comum as pessoas perguntarem umas às outras: qual é o seu signo?
Mas será que a astrologia é algo inofensivo, um mero passatempo? Para a maioria das pessoas parece que sim e, quando são indagadas se acreditam nas previsões astrológicas, respondem que não, mas gostam de consultar seu horóscopo só por “curiosidade”.
Os que se interessam pela astrologia sugerem que por volta de 8.000 a.C. o homem começou, a usá-la. É considerada uma “ciência sagrada” (possuindo aspectos de arte, de filosofia e de religião). É fruto da observação inicial do Sol e Lua. Posteriormente, os astros foram ganhando forma humana e atributos divinos.
Astrologia
A palavra astrologia é formada por duas palavras gregas: astron (astro) e logos (palavra, dissertação). É definida como estudo ou conhecimento da influência dos astros, especialmente de signos, no destino e no comportamento das pessoas.
Para chegar a conhecer esses dados pessoais, a astrologia se exprime pelo horóscopo. A palavra horóscopo é também grega, formada por dois vocábulos: “hora” (hora) e “skopéo” (observar). Horoskópion era o aparelho para ver a hora, o relógio. Desse vocábulo se deriva o termo horóscopo da língua portuguesa, que tem o sentido de sentença derivada da posição dos astros no momento em que o indivíduo nasce.
Segundo a astrologia, no momento do nascimento, cada planeta se encontra situado num determinado signo. Os signos seriam qualidades cósmicas herdadas geneticamente, ou seja, cada signo é uma entre as 12 diferenciações básicas da força solar e dos astros.
Quando cada um desses astros passa por determinado signo, influencia um ou outro aspecto do destino dos seres humanos. O mapa astrológico, que é comumente feito para as pessoas “prevenirem seu futuro” ou direcionar em seus caminhos, mostra o potencial de “energia” que deve ser desenvolvido e vivido para que a pessoa possa cumprir sua “tarefa no mundo” e, assim, ser feliz.
Zodíaco significa as 12 divisões do céu: áries, touro, gêmeos, câncer, leão, virgem, libra, escorpião, sagitário, capricórnio, aquário, peixes. Cada movimento ou fenômeno celeste como o nascer e o pôr do sol, entre outros, supostamente eram atos desses deuses-astros. Acreditava-se que todos os assuntos, tanto públicos como particulares, eram controlados por esses deuses. Em consequência disso, decisões militares e públicas só eram tomadas depois de se convocarem os astrólogos, também conhecidos como magos ou caldeus, para ler e interpretar os agouros e dar o seu conselho.
A astrologia diz que o signo zodiacal de uma pessoa tem grande importância para determinar a totalidade de seu caráter. A análise de um pesquisador do conteúdo da literatura astrológica revela 2.375 adjetivos específicos para os 12 signos zodiacais. Cada signo foi descrito por uns 200 adjetivos (por exemplo, “Leão” é forte, dominante, rude – um líder nato; “Touro” é indeciso, tímido, inseguro – não é líder).
Os astrólogos alegam que os cientistas e os políticos são favorecidos por um ou outro signo zodiacal. Ou seja, que há uma suposta conexão entre o signo de uma pessoa e suas possibilidades de êxito numa determinada profissão.
É religião?
A astrologia não tem aparência de religião. No entanto, é altamente espiritualizada. Ensina que os corpos celestes são deuses que podem definir o destino ou comportamento das pessoas. O estudo da posição dos astros, afirmam, pode influenciar de forma positiva ou negativa a vida de toda a humanidade.
E mais, os estudos da astrologia se misturam a conceitos do esoterismo. As pessoas místicas gostam de olhar o universo dimensionando sua própria imagem espiritual. Nesse aspecto, praticam-se: jogo de búzios, tarologia, astrologia, trabalho de energização de cristais, quiromancia; encontram-se: sensitivos videntes, mestre de tai che chiam e i ching (oráculo chinês), entre outros.
Uma pesquisa realizada pela revista alemã Focus revelou que quase a metade da população do país acredita que sua vida pode ser enriquecida através de técnicas de meditação ou sabedoria oriental. Da mesma maneira, a metade dos alemães é adepta de métodos alternativos de terapia, como o Ayurveda indiano ou a terapia dos florais de Bach. Quase 40% dos entrevistados disseram ter certeza de que existem pessoas com poderes ocultos (médiuns, curandeiros, videntes etc.).
Conforme a análise da Focus, agora a Nova Era colhe os seus frutos sob a forma de uma avalanche esotérica. O esoterismo se alastra cada vez mais nas diversas áreas da sociedade e influencia até a medicina. No Brasil, apesar de não haver dados específicos quanto a essas práticas, apenas pelo crescimento da oferta de literatura voltada para o esoterismo e para a astrologia, podemos avaliar o quanto a sociedade tem aceitado essas atividades.
De acordo com a psicanalista e pedagoga Marinha Pereira Jubrael, muitos creem que os planetas e as estrelas ao emanarem energia produzem efeitos negativos ou positivos sobre os seres humanos, os quais são campos de energia eletromagnética. “O Sol e a luz produzem esses efeitos. Por isso, é tão fácil as pessoas acreditarem que os astros emanam poderes”.
Marinha lembra que a astrologia é uma pseudociência que prediz o futuro pela observação dos astros, e que desde os tempos remotos ela foi levada às cortes. Príncipes e monarcas não dispensavam um ou mais astrólogos, misturando, assim, religião com “ciência”. Mas com o progresso das ciências matemáticas, ela foi obscurecida e empurrada para o plano das crendices populares sem qualquer base científica.
Esposa de pastor e membro da Primeira Igreja Batista de Campo Grande, Cariacica, Marinha Jubrael cursou Parapsicologia e, segundo ela, o estudo da parapsicologia deveria ser mais divulgado para que “todos pudessem tomar conhecimento de verdades que estão ocultas, sendo exploradas por aqueles que se aprofundaram no ocultismo”.
A Bíblia
Jeff Mayo, fundador da Escola Mayo de Astrologia, declara que “a Bíblia está cheia de referências astrológicas”. Joseph Goodavage, autor de Astrology: The Space Age Science (Astrologia: A Ciência da Era Espacial) e Write Your Own Horoscope (Escreva seu Próprio Horóscopo), declara que “a Bíblia está cheia da filosofia da astrologia”.
Os astrólogos “justificam” tais afirmações da mesma maneira que muitas seitas citam a Bíblia como evidência de seus próprios ensinamentos. Segundo a Bíblia, os astros foram criados com a finalidade descrita de iluminar a Terra. É assim que lemos: “No princípio criou Deus os céus e a terra (…) Haja luminares na expansão dos céus. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas” (Gn 1).
Os antigos se afastaram dessa compreensão e afirmação bíblica e acreditavam que um deus ou formas diferentes governavam cada setor do céu. Essa divisão hoje é conhecida como os signos do Zodíaco, que são, ao todo, 12. Cada signo rege uma determinada parte do cosmos.
A Palavra nos revela alguns versículos que nos falam sobre culto aos astros: “Guarda-te não levantes os olhos para os céus, e vendo o Sol, a luz e as estrelas, a saber, todo o exército dos céus, não sejas seduzido a inclinar-te perante eles, e dês cultos àqueles, coisas que o Senhor teu Deus repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus” (Dt 4:19).
“Quando no meio de ti, em alguma das tuas portas que te dá o Senhor teu Deus, se achar algum homem ou mulher que fizer mal aos olhos do Senhor teu Deus transpassando o seu concerto, que for, e servir a outros deuses, e encurvar a eles, ou ao Sol, ou à Lua, ou a todo o exército do céu; o que eu não ordenei, e te for denunciado, e o ouvires; então bem o inquirirás; e eis que, sendo verdade, e certo que se fez tal abominação em Israel” (Dt 17:2-4).
A astrologia , segundo o pastor Joaquim de Andrade, vice-presidente da Agência de Informações Religiosas e pastor da Igreja Batista Ágape de Vila Mariana (SP), estava ligada à adoração de Moloque, deus representado com a cabeça de touro (signo de Touro). O touro era adorado pelos babilônicos, cananeus, egípcios e outros, como símbolo de suas deidades – Marduque, Moloque, Baal e outros. O Pr. Joaquim fala que embora as advertências divinas para que o povo de Israel não praticasse esse tipo de idolatria, a história bíblica registra que Israel também se contaminou.
Falando contra Manassés, lemos: “Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha derribado; levantou altares a Baalim, e fez bosques, e prostrou-se diante de todo o exército dos céus, e os serviu… Edificou altares a todo o exército dos céus, em ambos os pátios da casa do Senhor”. (2 Cr 33:3-5). Quando os israelitas estavam perto de entrar em Canaã, a Terra Prometida, Deus advertiu-os para não usar atos de adivinhação.
A Bíblia diz em Deuteronômio 18:9,12,14: “Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém, quanto a ti, o Senhor teu Deus não te permitiu tal coisa”. Adivinhação é, na realidade, considerada um pecado grave.
A Bíblia diz em I Samuel 15:23: “Porque a rebelião é como o pecado de adivinhação e a obstinação é como a iniquidade de idolatria”. Quando o Rei Nabucodonozor teve um sonho, ele mandou chamar os magos, os feiticeiros e os astrólogos para que lhe explicassem o que ele tinha sonhado.
Como eles responderam? A Bíblia diz em Daniel 2:10: “Responderam os caldeus na presença do rei e disseram: Não há ninguém sobre a terra que possa cumprir a palavra do rei; pois nenhum rei, por grande e poderoso que fosse, tem exigido coisa semelhante de algum mago ou encantador, ou caldeu.” Os astrólogos da Babilônia não foram capazes de ajudar o rei com o seu sonho perturbador. Todavia, Deus abençoou Daniel com os dons verdadeiros do Espírito Santo, e ele foi levado à presença do rei para interpretar o sonho.
A Bíblia diz em Daniel 2: 27-28: “Respondeu Daniel na presença do rei e disse: O mistério que o rei exigiu, nem sábios, nem encantadores, nem magos, nem adivinhadores lhe podem revelar; mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonozor o que há de suceder nos últimos dias. O teu sonho e as visões que tiveste na tua cama são estas”. Com a unção de Deus, Daniel pôde descrever e explicar ao rei o seu sonho profético.
“A astrologia é tão popular hoje porque as pessoas, sem o conhecimento correto de Deus, creem que ela justifica os fatos, protege, traz sucesso, orienta, ajuda as pessoas a ‘se encontrarem’. De modo geral, a prática vende uma esperança e, num país como o nosso, quando as esperanças parecem acabar, as pessoas voltam-se para a astrologia e também a outras práticas místicas, na esperança de que dias melhores estejam reservados no futuro”, diz o pastor Joaquim de Andrade, que é autor, pesquisador e conferencista, além de professor de Religiões em várias agências missionárias e seminários teológicos.
Historicamente, o cristianismo tem-se posto à astrologia, pois a Bíblia explicitamente rejeita a astrologia. Uma prova disso está em Isaías 47.13-14, onde Deus afirma: “Já estás cansada com a multidão das tuas consultas! Levantem-se pois, agora os que dissecam os céus e fitam os astros, os que em cada lua nova te predizem o que há de vir sobre ti. Eis que serão como restolho, o fogo os queimará; não poderão livrar-se do poder das chamas; nenhuma brasa restará para se aquentarem, nem fogo para que diante dele se assentem”.
Aqui vemos que, em primeiro lugar, Deus condena o conselho dos astrólogos babilônicos. Em segundo lugar, Deus disse que suas predições baseadas no movimento dos astros não os salvariam do juízo divino que se aproximava. Finalmente, Deus disse que o conselho dos astrólogos não era inútil somente para os outros, mas que nem os salvaria a eles mesmos (Dt 4.19; 17.1-5; 18.9-11; II Reis 17.16; 23.5; Jr 8.2; 19.13; Ez 8.16; Amós 5.26-27).
A Palavra de Deus proíbe as práticas ocultas e repudia a astrologia por levar as pessoas à terrível transferência de sua lealdade ao infinito Deus do Universo para as coisas que Ele criou. É como dar todo o crédito, honra e glória às magníficas obras de arte, esquecendo completamente o grande artista que as produziu.
Nenhum astrólogo, vivo ou morto, daria às pinturas de Rembrandt ou Picasso o mérito que corresponde aos autores, mas eles o fazem rotineiramente com Deus. Entretanto, Deus é infinitamente mais digno de honra que os homens, pois é Ele quem fez os céus e a Terra e em Suas mãos está a vida de todos os homens (Gn 1.1; Dn 5.22-23). Se formos reconhecer valor na astrologia, concluímos que o Senhor Deus é totalmente dispensável, que tudo é regido pela posição de planetas e astros.
O pastor Nilo Lucas de Jesus, da Igreja do Nazareno de Cocal, Vila Velha, afirma que a curiosidade das pessoas quanto aos fatos que ocorrerão em sua vida é normal. Isso se deve à natureza questionadora e mística do ser humano. “O homem é místico, sim, ele sempre quis saber de onde veio, para onde vai. Isso vem da própria essência de Deus em nós. O ser humano tem milhões de perguntas e isso faz com que sua imaginação viaje, que ele fantasie as coisas ao seu redor, que se interesse pelo que está oculto”.
Ainda de acordo com o pastor Nilo, essa curiosidade não é um defeito. “O problema é que nosso adversário usa essa curiosidade para nos desvirtuar dos caminhos de Deus. Usa a para tirar nosso foco em Deus. O Senhor nos deu esse instinto curioso para que o ser humano tivesse sede d’Ele, que desejasse buscá-lo, mas o pecado separou o homem de Deus, e as consequências disso todos nós conhecemos”.
Sempre promovendo cultos de libertação na Igreja Evangélica Ministério Restaurar, em Vila Velha, o pastor Ronaldo dos Santos acostumou-se a ver pessoas conhecendo a Jesus depois de seguir práticas esotéricas e acreditar na astrologia. Segundo ele, há um anseio grande nas pessoas de preencher seus vazios emocionais.
Este é um dos motivos delas buscarem o misticismo. “Quando a pessoa não conhece a Verdade, vaga perdida sem ter um caminho a seguir. Temos casos aqui de pessoas que viviam presas a essas práticas, mas que hoje estão libertas e testemunham o que Deus fez na vida delas”, falou.
Para o pastor Ronaldo, o povo evangélico tem muito serviço. “Temos muitas vidas para alcançar com o Evangelho. Deus espera que façamos nossa parte. O reino das trevas quer frustrar os planos de Deus, mas como Seu povo, temos o dever que confrontar o erro que é o esoterismo e a astrologia e proclamar Jesus como único caminho”. Julião Kaiser, membro da Comunidade Evangélica do Espírito Santo, em Vitória, fala que quando adolescente, tinha curiosidade de ler as seções de horóscopos, apenas para ver o que diziam a seu respeito para aquele dia.
“Nunca dei crédito, em virtude de minha formação cristã, onde sabíamos que aquilo não passava de mentira. Depois de adulto, após tomar conhecimento do que é batalha espiritual, pude aprender que não é uma simples brincadeirinha de alguns charlatães: trata-se de uma armadilha demoníaca, onde a vítima se enlaça ao declarar, através de sua consulta, que crê nas “profecias” do Diabo. O Diabo é sujo, e não quer saber se agimos por inocência. Ele quer ter argumentos para nos acusar e, desta maneira, nos deixa reféns de uma culpa que somente o sangue de Jesus, através do nosso arrependimento e da quebra dos pactos passados, é que pode nos purificar para uma vida plena”, disse.
A existência do horóscopo é mais uma das estratégias esotéricas usadas por Satanás, para envolver o homem, afirma Julião. “O esoterismo e a astrologia são uma imensa rede, onde em cada malha cabe perfeitamente um homem, e é tecida usando iscas que despertam o interesse de cada cidadão. Uns se interessam pelos cristais, outros pelas pirâmides, outros pela previsão dos horóscopos, e por aí vai. E muitos de nossos irmãos têm se envolvido nessa rede, através de práticas consideradas ‘ingênuas’, que firmam ‘alianças’ com o inimigo. Estejamos atentos a essas práticas”.
É melhor confiar em Deus
Se uma pessoa tem que escolher entre um Deus onisciente e infalível, como revela a sua Palavra, e um homem falível, seria razoável escolher o homem em lugar de Deus? Deus, no passado, repudiou as pessoas que procuram refúgio na astrologia.
“Temos que nos voltar para o Senhor, somente. Deus nos diz na sua Palavra: ‘Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia’ (Sl 46:1); ‘Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei’ (Hb 13:5). E no futuro, temos a Palavra de Deus que nos garante: ‘eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos’ (Mt 28:20); ‘Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará’ (Sl 37:5). Ora, em vez de tentar prever o futuro de modo impróprio e condenado por Deus, é melhor buscar a orientação na Bíblia”, diz o pastor Andrade.
O pastor Joaquim impressiona-se com a afobação das pessoas em querer encontrar nos astros respostas para suas necessidades. “Se um jovem quer se casar, a Bíblia o conselha a não buscar uma mulher imoral (Pv 7:6-27), mas, como cristão, escolher uma jovem da sua fé (II Co 6:14-17). Depois de casado, a Bíblia dá conselhos como mulheres e maridos devem viver (Ef 5:22-31).
E quando aparecem os filhos, a Bíblia aconselha como criá-los (Ef. 6:14). E, finalmente, se ocorrerem acontecimentos tristes que não se pode evitar, temos a palavra de Jesus que nos anima: ‘Tenho-vos dito isto; para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo’ (Jo 16:33)”.
Os céus declaram a glória de Deus. E nós devemos buscá-lo, mas não procurar segredos nas estrelas. Todos os horóscopos soam a mesma coisa, afinal todos nós em um aspecto ou outro temos as mesmas características, porque todos somos descendentes de um homem, Adão.
Aos que estão buscando respostas para suas vidas, Jesus convida: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei, e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11.28-30). Na Bíblia encontramos revelações claras de que nossas vidas estão nas mãos de Deus. Davi revela-nos no Salmo 139 que Deus tudo conhece e que não podemos fugir da presença d’Ele.
Diante de nós está a escolha a ser feita: saber o que dizem os astros a nosso respeito ou saber qual a vontade de Deus para nossa vida. Convém recordarmos as palavras do apóstolo Paulo na sua carta aos Romanos: “E não vos conformeis com este século, mas transformativos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (12:2).
Dica de leitura
O Cristão em uma Sociedade não Cristã
John Stott – Editora Thomas Nelson
O evangelho revelado nas estrelas
André Coelho – Produção Independente
A matéria acima é uma republicação da Revista Comunhão, nº 96, de Agosto de 2005. Fatos, comentários e opiniões contidos no texto se referem à época em que a matéria foi escrita.
