Além das ruínas, também foi encontrado um mosaico com referências a Deus e a Jesus Cristo.
Uma sala de orações cristã datada do terceiro século e um mosaico referindo-se a “Deus Jesus Cristo” foram encontrados por arqueólogos na região do Armagedom, conhecida por ser o local da batalha apocalíptica entre o bem e o mal.
As ruínas e o mosaico foram encontrados através de um programa de escavações iniciado em 2005, que tinha o objetivo de explorar a chamada “Prisão de Megido”. Depois de anos de atrasos legais e burocráticos, a prisão será realocada e o local deve ser liberado para futuras explorações em 2021.
Alguns profissionais da arqueologia já estão conversando sobre uma área que eles começaram a chamar de “Grande Megido”.
“Quando a sala de orações cristãs foi encontrada pela primeira vez sob a prisão, ficamos todos animados”, disse Matthew Adams, diretor do Instituto de Pesquisa Arqueológica WF Albright, em Jerusalém, que passou anos escavando em Megido.
“E então percebemos: ‘Ah, é uma prisão de segurança máxima, então nunca poderemos fazer nada’. Agora que o governo decidiu mudar esta prisão, podemos explorar essa parte surpreendente e interessante do desenvolvimento do cristianismo primitivo”, ressaltou.
A prisão, cujos detentos incluíam militantes do Hamas e da Jihad Islâmica, fica a algumas centenas de metros ao sul do próprio Tel Megiddo, o antigo monte onde os arqueólogos encontraram paredes que datam de pelo menos 7 mil anos. Entre a prisão e o morro está a guarnição romana da Sexta Legião, em grande parte não-escavada, que foi provavelmente construída pelo imperador Adriano.
Acredita-se que o nome Armagedom seja uma união das palavras hebraicas Har Megiddo — Monte Megido. Embora pequena, a colina foi o local de numerosas batalhas antigas, porque tem vista para o Vale de Jezreel, através do qual os exércitos marcharam desde a antiguidade em direção a uma passagem que leva ao Mediterrâneo.
A mais antiga referência escrita a Megido parece ter sido durante o reinado do faraó egípcio Tutmés III, que derrotou os estados sírio e cananeu em 1468 a.C. Mais tarde, caiu para os israelitas, e depois para os assírios em 733 a.C. Em 1918, o comandante militar britânico General Edmund Allenby derrotou as forças turcas e depois assumiu o título de Visconde Allenby de Megido e de Felixstowe.
Fama
O nome é mais conhecido principalmente pelo livro bíblico de Apocalipse, citado como o local da batalha final: “Então os três espíritos os reuniram no lugar que, em hebraico, é chamado Armagedom (Apocalipse 16:16)”.
A escavação atual no monte é liderada por Adams e pelo professor Israel Finkelstein, um arqueólogo israelense da Universidade de Tel Aviv. “Megido era importante porque fica na estrada internacional que liga o Egito à Mesopotâmia, Damasco e Anatólia. Então quem está aqui controla a mais importante estrada da antiguidade no mundo antigo”, disse Finkelstein.
Sua equipe usou datações por radiocarbono e medições de distância por laser para registrar com precisão as várias camadas da história, incluindo monumentos que se pensava terem sido construídos na era do rei Salomão. Segundo Finkelstein, estes podem ser atribuídos à era posterior de Acabe, rei do reino do norte de Israel no século IX aC.
As autoridades turísticas israelenses estão planejando um complexo no local para combinar turismo, arqueologia e caminhadas pela natureza. Destacando os evangélicos cristãos em particular, eles esperam atrair 300 mil visitantes anualmente, quase o dobro do número atual.
*Redação de Comunhão, com informações Christian Today
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