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segunda-feira, 7 DE julho DE 2025

Arqueólogos encontram fosso que comprova narrativas bíblicas

Descoberta confirma histórias bíblicas - Foto: Divulgação/ Eliyahu Yanai, Eric Marmur, Meir Ganon

A construção, de mais de três mil anos, é do período em que os livros dos Reis e de Samuel foram escritos 

Por Patricia Scott

Em Jerusalém, uma estrutura “monumental” mencionada em dois livros da Bíblia foi encontrada por arqueólogos. É um antigo fosso construído há mais de três mil anos na Cidade de Davi, uma das mais antigas da história.

Os pesquisadores descobriram que o fosso separava a região residencial da Cidade de Davi, ao sul, da cidade alta, ao norte. Durante 150 anos, os estudiosos trabalharam para provar que a cidade estava dividida em duas, conforme revelado nas Sagradas Escrituras.

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Uma referência dessa informação pode ser encontrada no primeiro livro dos Reis (11.27). A passagem bíblica relata o rei Salomão erguendo a construção, que foi apelidada de ‘Millo.’: “[…] Salomão construiu o ‘Millo’ e fechou a brecha no muro da cidade de Davi, seu pai”.

O fosso media cerca de nove metros de profundidade e quase 30 metros de largura. Havia penhascos perpendiculares de cada lado que o tornavam intransitável.

“Esta é uma descoberta dramática que abre uma discussão renovada sobre os termos da literatura bíblica que se referem à topografia de Jerusalém, como o Ophel e o Millo”, afirmaram pesquisadores da Associação de Antiguidades de Israel (IAA).

Segundo os pesquisadores, as descobertas confirmaram que o fosso foi construído durante a Idade do Ferro. Período em que os livros dos Reis e de Samuel foram escritos para descrever a Cidade de Davi, sendo dividida em duas.

Reino de Judá

“Não se sabe quando o fosso foi originalmente aberto, mas as evidências sugerem que ele foi usado durante os séculos em que Jerusalém era a capital do Reino de Judá, há quase três mil anos, começando com o rei Josias”, disse o Dr. Yiftah Shalev, diretor da escavação, acrescentando que “Durante esses anos, o fosso separava a parte residencial ao sul da cidade da Acrópole dominante no norte; a cidade alta onde o palácio e o templo estavam localizados”.

Ele disse que os pesquisadores estão confiantes de que o fosso foi usado na época do Primeiro Templo e do Reino de Judá [no século IX a.C.]. “Por isso criou uma clara barreira entre a cidade residencial no sul e a cidade alta no norte”, comentou Shalev.

De acordo com o estudiosos, o fosso foi concebido para mudar a topografia da Cidade de Davi para mostrar os poderes do governante de Jerusalém sobre outros que entrassem pelos seus portões, Além disso, enfatizar a sua força e capacidade para defender os seus muros na altura.

Na década de 1960, a estrutura foi descoberta pela primeira vez pela arqueóloga britânica Kathleen Kenyon. Ela notou que o fosso ficava um pouco a leste do atual estacionamento Givati. Assim, a pesquisadora imaginou que a formação era apenas um vale natural. Entretanto, a descoberta era uma continuação do fosso que se curvava para oeste.

“Mais uma vez, estão sendo reveladas descobertas que lançam uma luz nova e vívida sobre a literatura bíblica”, ressaltou Eli Escusido, diretor da IAA, que concluiu: “Quando você está no fundo desta escavação gigante, cercada por enormes paredes escavadas, é impossível não ficar maravilhado e agradecido por aqueles povos antigos que, há cerca de 3.800 anos, literalmente moveram montanhas e colinas”. Com informações site Jornal Extra

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