O país está na 22ª posição da Lista Mundial da Perseguição 2022, de Portas Abertas. Desde 2017, inúmeras igrejas foram lacradas pelo governo
Por Patricia Scott
Nos últimos anos, várias igrejas foram fechadas na Argélia a partir de um decreto estabelecido em 2006. Agora, no último dia 2 de fevereiro, mais uma vez o governo tenta paralisar uma congregação, em Tizi Ouzou, ligada à Église Protestante d’Algérie (EPA), que é um grupo legalmente reconhecido de igrejas protestantes no país. As informações são da Missão Portas Abertas.
A igreja, fundada em 2006, possui mais de 90 membros. O espaço onde o templo funciona é de propriedade do pai do pastor, de acordo com Portas Abertas. Ainda não há data para que a justiça avalie o caso.
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O decreto instituído em 2006, segundo a agência missionária, regulamenta o culto não-muçulmano. É estabelecido que os cultos de outras religiões sejam realizados apenas em prédios licenciados para essa finalidade. No entanto, a comissão de licenciamento ainda não emitiu uma única licença, divulga Portas Abertas.
Desde 2017, o governo lacrou 16 prédios de igreja, além de ordenar que pelo menos outras quatro comunidades cristãs encerrassem as atividades. A Argélia está na 22ª posição da Lista Mundial da Perseguição 2022, de Portas Abertas, classifica os países em que os cristãos são mais perseguidos no mundo.
Vale salientar que, durante o último ano, informa Portas Abertas, diversos cristãos foram condenados e presos sob acusações de blasfêmia e proselitismo. Autoridades da Argélia se envolveram em uma campanha sistemática contra as igrejas ligadas à EPA.