Arqueólogos israelenses anunciaram, esta semana, que encontraram um anfiteatro romano com mais de 1.800 anos de idade. A descoberta estava localizada a oito metros abaixo do Muro das Lamentações, no centro da Cidade Velha de Jerusalém.
O anfiteatro confirma os relatos dos historiadores Flávio Josefo sobre essa construção junto à muralha original. Centenas de peças foram desencavadas, incluindo vasos de cerâmica e moedas que confirmam a datação.
Em entrevista ao Times of Israel, a arqueóloga Tehila Lieberman, que também participa das escavações, afirma que não há previsão de quando o anfiteatro poderá ser aberto para a visitação do público, mas acredita que isso deve ocorrem em breve. Ela destaca que o anfiteatro, também chamado de Odeon, era um importante local de lazer durante o período em que a cidade estava totalmente sobre o governo romano, sendo rebatizada como Aelia Capitolina.
Com a escavação, também foi possível revelar mais um pedaço do Muro das Lamentações que estava soterrado há, pelo menos, 1.700 anos. Considerado o local mais sagrado para o judaísmo, é visitado por cerca de 3 milhões de pessoas por ano.
O muro é uma contenção construída pelo rei Herodes, que que governou a Judeia entre 37 a.C. até 4 d.C. Ele é tudo o que restou da estrutura do Segundo Templo, que foi destruído pelos romanos no ano 70 d.C.
Existem oito “níveis” do Muro das Lamentações desenterrados pelos arqueólogos ao longo dos anos. Algumas partes continuam bastante preservadas, apesar de terem ficado enterradas por milênios. O trecho agora revelado fica abaixo do chamado “Arco de Wilson”, uma das passagens onde, na época de Jesus Cristo, os judeus usavam para subir até o Monte do Templo. Originalmente, ele tinha 13 metros de altura.
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