A associação afirmou que o episódio pode configurar “vilipêndio religioso ou até mesmo crime de racismo religioso, conforme previsto no Código Penal e na Lei 7.716/89”
Por Patricia Scott
Nesta sexta-feira (31), a Associação Nacional de Juristas Cristãos (ANAJURE) protocolou uma denúncia no Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) contra uma apresentação do “Bloco da Laje”. O fato ocorreu, em Porto Alegre (RS), no último domingo (26), quando um homem caracterizado como Jesus realizou um “strip-tease”, ficando de fio-dental, ao som da música “Pregadão”, que faz referência à crucificação de Cristo. Além disso, ele simulou movimentos de teor sexual enquanto dançava, terminando a performance usando apenas uma tanga.
A ANAJURE alegou que símbolos religiosos das comunidades cristãs foram utilizados de forma a zombar e desrespeitar a crucificação de Cristo, figura central do cristianismo. A associação afirmou que, além de “causar dano moral à honra coletiva das comunidades cristãs, o episódio pode configurar vilipêndio religioso ou até mesmo crime de racismo religioso, conforme previsto no Código Penal e na Lei 7.716/89.”
A denúncia também apontou indícios de que verbas públicas foram empregadas na produção das performances consideradas ofensivas às comunidades cristãs. A investigação sugere que o financiamento público dessas apresentações, tanto por parte do Estado do Rio Grande do Sul quanto do município de Porto Alegre, que pode ultrapassar 300 mil reais.
Diante desse cenário, a ANAJURE solicitou que sejam adotadas medidas para apurar a conduta dos responsáveis pela performance, bem como investigar o possível uso de recursos públicos para financiar o desrespeito à religiosidade das comunidades cristãs do estado.

