As afirmações da cantora e líder do ministério Diante do Trono geraram discussões acirradas nas mídias sociais evangélicas
Por Nádia Mello
A pastora e cantora Ana Paula Valadão, líder do ministério Diante do Trono, fez duras críticas às congregações que adotaram técnicas de coaching como principal ferramenta para salvar vidas. “Isso não é o Evangelho”, disse. A declaração foi feita durante uma ministração na Igreja MEVAM Campinas, localizada no interior de São Paulo e liderada pelo pastor Jucélio de Souza, gerando repercussão entre fiéis e líderes cristãos.
Durante sua pregação, Ana Paula destacou que a transformação espiritual e a salvação só podem ser alcançadas por meio do poder de Deus e da mensagem do Evangelho. “Não são as técnicas de coach que salvam vidas. É o poder de Deus, é o evangelho puro e simples”, afirmou, reforçando a necessidade de priorizar a centralidade de Cristo nas mensagens.
A pastora alertou para o risco de substituir a mensagem bíblica por discursos que promovem apenas o desenvolvimento pessoal ou a mensagem motivacional. Ela enfatizou que o foco da igreja deve ser levar as pessoas ao arrependimento e à transformação por meio de Jesus Cristo. “Não estamos aqui para promover autossuficiência ou motivação passageira. Estamos aqui para pregar a palavra que liberta e transforma. Só Jesus tem o poder de salvar e mudar vidas”, exortou.
De volta às Escrituras
Ana Paula Valadão também incentivou os líderes a voltarem às Escrituras e confiarem plenamente no Espírito Santo para conduzir suas ações. “É hora de a igreja se lembrar de quem somos e do que carregamos. Não precisamos de ferramentas mundanas para alcançar corações. Precisamos de uma igreja cheia da presença de Deus”, concluiu.
Ana Paula disse que hoje existem caravanas de pastores e líderes indo aprender em igrejas que batizam 2 mil pessoas num mês por causa de coach. “Usam recursos de luzes que piscam para hipnotizar, som de um teclado que, em vez de louvores, transmite frequências que viciam o cérebro. E tem gente achando que o culto foi uma grande benção, confundindo a unção de Deus com um atalho do inferno”.
As declarações provocaram polêmicas nas redes sociais e entre líderes de igrejas, dividindo opiniões. Enquanto muitos apoiam sua visão, destacando a necessidade de uma igreja mais conectada com a essência do Evangelho; outros, defendem que ferramentas modernas podem ser úteis de forma complementar, desde que não substituam a mensagem bíblica.

