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sábado, 20 abril 2024

América Latina: cristãos enfrentam a perseguição de governos e cartéis

Em Cuba, no México e na Nicarágua, igrejas e cristãos enfrentam intensa perseguição - Foto: Portas Abertas

No México, em Cuba e na Nicarágua, os seguidores de Jesus são alvos de violência, com prisões e mortes, indiscriminadamente

Por Patricia Scott 

A morte de dezenas de migrantes na traseira de um caminhão, próximo à fronteira dos Estados Unidos com o México, em junho, chama a atenção para as difíceis circunstâncias em que vivem os cidadãos, incluindo cristãos, na América Latina. Segundo Portas Abertas, governos, grupos criminosos e gangues violam as liberdades dos cidadãos latinos.

A instituição missionária alerta que, no México, o número de pessoas que são mortas violentamente por grupos criminosos e gangues que administram redes de drogas e tráfico de pessoas está aumentando. O país está em 43º lugar na Lista Mundial da Perseguição (LMP) de 2022, organizada por Portas Abertas.

Os cristãos não são poupados. “Grupos criminosos operam impunemente em muitas partes do país”, ressaltou a analista de perseguição da Portas Abertas na América Latina, que continua: “Aqueles que se engajam em programas destinados a trazer transformação para a sociedade são particularmente vulneráveis (a serem atacados), pois são uma ameaça a grupos que operam redes de tráfico de drogas e humanos, além de outros crimes.”

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Em Cuba

Em Cuba, discordar e criticar do governo pode significar prisão. O pastor Lorenzo Rosales Fajardo, da Igreja Monte de Sion, em Palma Sariano, na província de Santiago de Cuba, é acusado de “desrespeito”, “agressão”, “incitação ao crime” e “desordem pública”. Na ocasião, milhares de pessoas, incluindo pastores, saíram às ruas pedindo democracia e reformas econômicas. No entanto, as repercussões foram imediatas e violentas.

O tribunal não apenas confirmou a sentença do pastor Fajardo, por sete anos, mas também a de outros 14. Todos presos na mesma época e condenados por acusações relacionadas aos protestos do ano passado. Cuba está na 37ª posição da Lista Mundial da Perseguição (LMP) de 2022, elaborada por Portas Abertas.

Na Nicarágua

Na Nicarágua, igrejas e cristãos também não são apreciados pelo governo, principalmente após os protestos de 2018. A mobilização foi contra as reformas do sistema público de pensões, e a Igreja ficou vista como apoiadora dos manifestantes.

Um novo relatório revela que desde então, sob o governo do presidente Daniel Ortega, houve pelo menos 190 ataques a igrejas católicas, bispos e padres, além da perseguição contra cristãos de diversas denominações evangélicas.

“O governo Ortega não descansa em sua perseguição contra a Igreja e sua hostilidade se torna mais evidente e frequente”, analisa uma analista de perseguição da Portas Abertas, que complementa: “E isso acontece em diferentes frentes – mesmo tentando manipular as atividades religiosas – pois a Igreja se mantém firme em seu compromisso social e não desiste diante de ações intimidatórias contra ela”.

O regime governamental “iniciou uma perseguição indiscriminada contra diversos líderes religiosos e igrejas cristãs e contra tudo que tenha relação direta ou indireta com o cristianismo”, ressalta o relatório da advogada Martha Patricia Molina Montenegro, membro do Pró-Observatório da Transparência e Anticorrupção.

Há um aumento nos ataques, incluindo “ameaças e assédio contra líderes de igrejas protestantes, bem como o cancelamento arbitrário do status legal de seis organizações religiosas católicas e protestantes”, aponta Montenegro.

A chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, alertou, em junho, que a deterioração contínua da situação dos direitos humanos causou um êxodo de nicaraguenses “deixando o país em maior número … do que na década de 1980”. A Nicarágua está em 61º lugar na Lista de Países em Observação de Perseguição por violações graves à liberdade religiosa.

Como ajudar os cristãos perseguidos?

Você pode orar. Esse é o primeiro pedido dos cristãos perseguidos. No VAMOS ORAR, há um calendário com pedidos diários de oração de cristãos perseguidos ao redor do mundo.

É possível também contribuir. No DOE, são divulgadas campanhas, como também as necessidades físicas, socioeconômicas e espirituais de cristãos perseguidos.

Com informações Portas Abertas

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