O Brasil faz parte do grupo liderado pelos EUA. Cerca de 27 países fazem parte da aliança
Vinte e seis países se uniram aos Estados Unidos na criação formal da Aliança Internacional para Liberdade Religiosa que busca reduzir a perseguição religiosa em todo o mundo.
“A Aliança vai unificar nações poderosas e alavancar seus recursos a fim de impedir maus atores e defender os perseguidos, os indefesos e os vulneráveis”, disse o secretário de Estado, Michael R. Pompeo, através de comunicado em (5) de fevereiro.
Os membros se comprometeram a defender a Declaração de Princípios, que compromete os países a levantar objeções e a se oporem, de maneira pública e privada, contra todos os abusos ou violações da liberdade religiosa.
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Princípios para Aliança
O secretário de Estado Mike Pompeo participou de um jantar no Departamento de Estado na semana passada para fazer o lançamento da Aliança. “Juntos, dizemos que a liberdade de religião ou crença não é um ideal ocidental, mas verdadeiramente o alicerce das sociedades”, disse ele na ocasião.
“Condenamos terroristas e extremistas violentos que têm como alvo grupos religiosos minoritários, sejam eles yazidis no Iraque, hindus no Paquistão, cristãos no nordeste da Nigéria ou muçulmanos na Birmânia. A liberdade de religião ou crença não é um ideal ocidental, mas realmente o alicerce das sociedades”, afirmou o secretário.
O Departamento de Estado publicou uma lista de princípios para a aliança que incluía o compromisso de “o direito de manter qualquer fé ou crença, ou nenhuma, e a liberdade de mudar de fé”. Entre as prioridades estão, desafiar as leis de blasfêmia e impedimentos de registro a grupos não religiosos e religiosos e de defesa de pessoas presas ou perseguidas devido à suas crenças.
Mais de 8 em cada 10 pessoas no mundo vivem em lugares em que não podem praticar sua religião livremente. “Nossa missão abrange nacionalidades, sistemas políticos e credos”, completou Pompeo durante a reunião.
Países
Os países que compõem o grupo são: Albânia, Áustria, Bósnia e Herzegovina, Brasil, Bulgária, Colômbia, Croácia, República Tcheca, Estônia, Gâmbia, Geórgia, Grécia, Hungria, Israel, Kosovo, Letônia, Lituânia, Malta, Holanda, Senegal, Eslováquia, Eslovênia, Eslovênia, Togo, Ucrânia, Polônia, Estados Unidos e Reino Unido.
O próximo encontro do grupo acontecerá entre 14 e 16 de julho em Varsóvia, na Polônia, para “promover o diálogo inclusivo para mobilizar ações e aumentar a conscientização sobre a escala de perseguição contra religião ou crença em todo o mundo”, como diz o documento emitido. O secretário anunciou pela primeira vez a criação da Aliança em julho de 2019 na segunda Reunião Ministerial para o Avanço da Liberdade Religiosa.