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quinta-feira, 28 março 2024

Mais de 840 mil refugiados ajudados pela Agência humanitária adventista

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José Fernando Molina e sua família, felizes, em Montevidéu, Uruguai. Na foto, falta a filha caçula, que estava tirando uma soneca. Foto: Sérgio Cassiano

Desde que a crise de refugiados venezuelanos começou, a agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) ajudou refugiados através de seus 51 projetos no território da América do Sul

Os venezuelanos se tornaram um dos maiores grupos de populações deslocadas do mundo, após a aceleração do êxodo em massa a partir de 2016. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), atualmente existem 4,5 milhões de venezuelanos em trânsito.

Por questões relacionadas, em sua maioria, ao fator econômico, a maioria deles escolhe se ir para outros países da região. Colômbia e Peru eram os destinos finais, porém, atualmente mais de 37 mil estão no Brasil, agora o território com o maior número de refugiados venezuelanos reconhecidos na América Latina.

Crianças refugiadas

A maior preocupação da família Molina era com a pequena filha, que ainda era alimentada com leite materno. Uma criança tão frágil geralmente não sobrevive a uma peregrinação tão longa, que levaria, no mínimo, cinco meses. Passariam por climas variados sem a garantia de um prato de comida ou um teto para dormir todas as noites.

Não sabiam ao certo quais seriam os meios de transporte. Talvez teriam que caminhar longos trajetos. A mãe, Rubí, começou a considerou a possibilidade de chegar ao destino final sem a pequena e decidiu preparar o coração caso o momento chegasse.

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Aqueles com menos de 18 anos de idade representam 52% da população refugiada ao redor do mundo. Estudos realizados pelo ACNUR demonstram que ao longo de sua peregrinação e mesmo estando no destino final, a maioria está em risco de sofrer abuso, violência, negligencia, exploração, tráfego ou ser recrutados para o serviço militar.

Muitas destas crianças somente conhecerão a vida como refugiadas: passarão a infância toda longe de um lar, longe de uma escola e em mais de uma ocasião ficarão sozinhas devido à morte dos responsáveis ou abandono dos mesmos.

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Filhos do casal Molina mostram alguns desenhos feitos na escola. Foto: Sergio Cassiano

Resposta da ADRA

A viagem foi longa e difícil. Em muitas ocasiões, a família precisou dormir na rua e passou frio, mas nunca fome. “A pior parte é não saber o que vai acontecer com você no dia seguinte. A ansiedade pelo amanhã pesa demasiadamente. Será que vamos conseguir? Será que vamos perder alguém? Será que vamos ter o que comer?”, revela José ao relembrar os momentos da viagem.

Enfrentaram momentos de desespero, como quando chegaram no Peru e o dinheiro tinha acabado. O medo tomou conta. Quase perderam a esperança. A família Molina foi uma das beneficiadas com a ajuda da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA).

Com sua ajuda conseguiram sustento, um teto para dormir e até passagens para continuar a viagem até o Equador. Lá, a primeira coisa que fizeram foi procurar pela ADRA. O mesmo ocorreu na Argentina. Finalmente, em outubro do ano passado, José Fernando, Rubí e seus três filhos entraram em Montevidéu, capital do Uruguai, juntos, de mãos dadas e com lágrimas nos olhos.

“Cada refugiado representa uma história vital: pessoas à procura de condições de vida dignas. A crise de mobilidade humana coloca em prova a solidariedade regional. Por isso, trabalhamos para responder ao desafio com justiça, compaixão e amor”, sublinha Paulo Lopes, diretor da ADRA para oito países sul-americanos.

A agência oferece ajuda aos refugiados e pessoas em situação de mobilidade humana de várias formas. A mais completa delas é realizada em parceria com outras instituições do terceiro setor com o objetivo de interiorizar o venezuelano no novo país de residência. Por meio desta iniciativa, oferece recursos, moradia, educação, orientação sobre documentação e até procura de emprego aos beneficiários.

Ajuda

Desde que a crise de refugiados venezuelanos começou, a agência já ajudou mais de 840 mil pessoas através de seus 51 projetos no território da América do Sul.

Outra iniciativa está relacionada a pessoas em trânsito, que passam pelos países onde a ADRA está presente, mas não pretendem permanecer. Neste caso, oferecem lugares para descansar ou recuperar forças, denominados de abrigos, alimentos, programas de saúde, saneamento básico, avaliações nutricionais, aconselhamento jurídico, subvenções, entre outros.

A ideia é ajudar o refugiado enquanto se encontra em deslocamento de um país a outro, por isso estes lugares geralmente se localizam em fronteiras. Para estes dois tipos de projetos, os beneficiados passam por um rápido processo seletivo, no qual são priorizadas ajudas a populações vulneráveis.

O terceiro projeto envolve, diretamente, voluntários da ADRA. O objetivo é entregar alimentos e kits de higiene a famílias refugiadas por meio de cestas básicas ou marmitas quentes oferecidas diariamente. Tudo isso é possível graças às doações recebidas.

Veja o vídeo da ajuda da ADRA para refugiados

*Com informações de Notícias Adventistas

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