As principais preocupações deles, conforme a pesquisa, são dinheiro, oportunidades de emprego e mudanças climáticas
Por Patricia Scott
Metade dos adolescentes britânicos acredita que terá uma vida pior que a dos pais. É o que revela uma pesquisa realizada pela YouGov, que destaca as perspectivas desse público para o futuro.
O resultado do estudo foi entregue para a Barnardo’s, instituição social para menores, a fim de esclarecer sobre as apreensões dos adolescentes. As principais preocupações deles, conforme a pesquisa, são dinheiro, oportunidades de emprego e mudanças climáticas. Os pesquisadores ouviram 1.001 adolescentes de 14 a 17 anos.
O levantamento aponta que 55% deles acreditam que terão uma vida pior que a dos pais, quando chegarem aos 30 anos. Além disso, 34% consideram que a futura geração de crianças não se sairá melhor. O resultado mostra ainda que 9% dos adolescentes entrevistados admitiram “sentir-se desesperados quanto ao futuro”.
A pesquisa destacou que “as preocupações financeiras pesam muito na mente dos entrevistados, com 19% temendo ter dificuldades para viver confortavelmente devido a finanças inadequadas aos 30 anos”.
Além disso, 10% dos adolescentes disseram que se sentem desempoderados. Assim, eles acreditam que não seriam capazes de alterar a própria trajetória futura.
“Todo mundo está passando por dificuldades, atualmente. Minha mãe luta para pagar as contas, e ela é enfermeira com mestrado. Eu não sou tão inteligente, então imagino que minha vida será mais difícil que a dela. Costumávamos poder sair de férias, mas mamãe não tem mais dinheiro para isso”, afirmou um dos entrevistados.
Outro adolescente disse: “Meus pais conseguiram a hipoteca aos 21 anos. Não acho que as pessoas da minha idade conseguirão fazer isso”.
Segundo Sam Richards, chefe do Trabalho Infantil e Juvenil da Igreja Reformada Unida, “a experiência vivida pelos adolescentes tem muito a ver com a esperança deles para o futuro”. A desesperança desse público, para ele, é o reflexo do que se ouve através dos meios de comunicação sobre desemprego e alterações climáticas.
“As gerações anteriores ouviam que as coisas iriam melhorar”, opinou Sam, lembrando que os jovens precisam ter voz na igreja: “Se realmente formos capazes de ouvi-los, poderemos ajudar toda a igreja a mudar”. Com informações Premier Christian News