Eles terão aulas de Língua Portuguesa, noções de cidadania, orientações sobre a cultura brasileira e demais oportunidades para a inserção no mercado de trabalho
Por Patricia Scott
Nesta quarta-feira (15), 22 refugiados resgatados da Faixa de Gaza, pelo governo federal, devido à guerra entre Israel e o Hamas chegaram a um abrigo localizado na região de Bragança Paulista (SP). A instituição evangélica, que é ligada à Igreja Batista, já acolheu também afegãos, haitianos e venezuelanos que buscaram refúgio no Brasil.
No entanto, no mesmo dia à noite, nove deixaram o local. Eles retornaram à capital paulista, onde foram levados para um hotel localizado na região do Cambuci, zona sul de São Paulo. A acomodação foi providenciada pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) e pela ONG Refúgio Brasil.
A localização exata do abrigo na região de Bragança Paulista não pode ser divulgada a pedido do governo, que vê riscos à integridade dos resgatados. No espaço de acolhimento, cada núcleo familiar ficará em unidades individuais com quartos e banheiros. Os repatriados de Gaza terão refeições, além de atividades em quadras poliesportivas e piscinas para as crianças.
Serão oferecidas também atividades como aulas de Língua Portuguesa, noções de cidadania, orientações sobre a cultura brasileira e demais oportunidades para a inserção dos refugiados no mercado de trabalho brasileiro. Assim, eles terão a oportunidade de integração social, econômica e cultural para que consigam se manter no país.
A permanência no local é por tempo indeterminado. Os repatriados solicitaram a ida ao abrigo por não terem onde se instalar no país.
Cabe destacar que esse acolhimento é possível, porque Missões Nacionais, que é ligada à Convenção Batista Brasileira, desenvolve o Programa de Interiorização para Refugiados. A iniciativa é em parceria com o Ministério da Cidadania e com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), a Força Aérea Brasileira (FAB), igrejas batistas, além de outras instituições.
A partir do programa, os refugiados serão encaminhados para interiorização, por meio do projeto Minha Pátria. A parceria com a ACNUR garante a permanência oficial deles no país, assim como a documentação regular brasileira e a inspeção de saúde atualizada.
Missões Nacionais ressalta que a parceria com a ACNUR e FAB está restrita aos aspectos de legalização e traslado dos refugiados para São Paulo. A instituição não possui convênio financeiro com os envolvidos no programa, que sobrevive de doações. Para colaborar com essa obra de amor ao próximo, acesse o site.