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quinta-feira, 28 março 2024

A transmissão de valores cristãos pela família

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"Me parecem mais afirmações opinativas que não conseguem se sustentar diante de avaliação mais acurada do ponto de vista filosófico, teológico e exegético”. rebate o teólogo Lourenço Stelio Rega - Foto: Divulgação

A palavra “valor” está ligada a princípios norteadores das decisões que uma pessoa tem de tomar e tem a ver com a ética. Somo seres éticos e sempre tomamos decisões, mesmo que você diga “eu não vou decidir ainda”, já decidiu, pois uma não-decisão é também uma decisão. Os valores são os pontos de partida para as decisões.

Por Lourenço Stelio Rega

Para Piaget há o desenvolvimento moral que começa na infância quando os valores morais ou éticos são formados. Então, desde os primeiros momentos da vida de uma pessoa ela está olhando para o mundo e aprendendo sobre valores éticos ou morais que vão modelar suas decisões ao longo da vida. Valores como a honestidade, o senso de valorização do próximo, começam a ser formados logo cedo na personalidade de uma criança e o lar é um ambiente fértil para que isso ocorra. Se em nosso lar há busca pela verdade, pela honestidade, pelo desenvolvimento da sensibilidade para com os outros, desde cedo a criança vai desenvolvendo modelos de vida eticamente saudáveis. Além disso, vem o desenvolvimento do diálogo, do respeito pela opinião do próximo, a aprendizagem pelo ouvir o outro, etc.

A Bíblia é repleta de ensinos sobre o valor do lar como ambiente propício para o desenvolvimento da personalidade de uma pessoa e para a transmissão de valores éticos seguros. Veja, como exemplo, Dt 6.1-9; 2 Tm 3.14,15; Pv 22.6; Pv 13.24; Pv 29.15; Sl 127.3-5; Gn 33.5: Js 24.15; Js 1.8.

A vivência e priorização do lar é tão importante que o próprio apóstolo Paulo enfatiza que o líder cristão deve primeiro cuidar de sua casa antes de cuidar da casa de Deus (1 Tm 3.4-5, 12; Tt 1.6) e ainda mais, ele ensina que se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente (1 Tm 5.8).

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Há lares em que filhos são órfãos de pais vivos e deixados para serem cuidados por terceiros (empregadas, amas etc.), pois estão em busca do sucesso profissional, financeiro, material. Hoje a família tem sido dispensada e os pais perdem o direito ensinar valores aos filhos para que decidam por conta própria o que quiserem. Os resultados já se tornam presentes em nossa sociedade, com crianças vivendo na introversão solitária embebecidas pela Internet e redes sociais, sem o desenvolvimento de vida significativa de trocas sociais e convivência.

Há quem deseja terceirar à igreja esse papel, mas é essencialmente da família e a igreja dará suporte, especialmente criando ESCOLAS DE PAIS para capacitá-los a serem testemunho vivo para seus filhos, transformando a educação no lar em verdadeiro discipulado.

Lourenço Stelio Rega é teólogo, escritor e educador, Graduado em Teologia e Filosofia, Mestre em Teologia e Educação, Doutor em Ciências da Religião, especialista em Bioética.

 

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