A postura do homem hodierno deve e precisa ser a de enxergar e respeitar essa nova mulher
Por Emerson Mafessoni
Dados extra oficiais apontam um aumento dos casos de violência doméstica em detrimento à pandemia do COVID-19 no Brasil. Uma das causas deste incremento, atribui-se ao fator convivência, ou seja, maior tempo dentro de casa e por tabela um maior tempo de convivência.
Além das responsabilidades profissionais, tais como: horário a cumprir, tarefas e metas alusivas as demandas profissionais, a convivência com os filhos, as tarefas domésticas, as dificuldades, as lutas e o sofrimento que as famílias brasileiras já conviviam a tempos, como a crise na economia e o elevado índice de desemprego, aliado ao fator isolamento social, foi a centelha que fez eclodir em muitos lares um dos maiores dramas de nossa sociedade, que é a violência doméstica.
Violência doméstica que, na maioria esmagadora dos casos tem a mulher como vítima, se manifestando através da violência verbal, física, sexual, patrimonial e psicológica, e muitas vezes na pior das suas manifestações o feminicídio. Diante do exposto, faz-se necessário, além de todas as muitas e importantes iniciativas já adotadas, incluir a figura principal e protagonista deste fenômeno social e nefasto que é a violência contra mulher no âmbito familiar, o Homem!!!
Cultura, crenças e conceitos equivocados e errôneos do que é ser Homem, por certo fazem parte do pacote. Nossa sociedade vive uma série de avanços e mudanças, no qual destacamos o empoderamento da mulher, sua busca por direitos iguais e a luta pela igualdade entre os gêneros, respeito e acima de tudo o direito à vida.
Diante do exposto, a postura do Homem hodierno deve e precisa ser a de enxergar e respeitar essa nova mulher, se colocando e se realinhando a esse novo tempo como um novo homem, não desprovido de sua essência, masculinidade ou virilidade, mas sim, sendo o parceiro ideal, ajudador e acima de tudo exercendo sua missão e papel social de Homem.
Esse Homem hodierno e antenado com essas mudanças, que agora tem ao seu lado uma mulher que trabalha, estuda, sonha, conquista e ainda não abre mão da família, da maternidade e da casa.
Voltando a falar sobre o aumento da violência doméstica na pandemia, é sabido da exaustiva carga de trabalho dessa mulher e que muitas vezes não tem por parte de seu companheiro a ajuda devida e compartilhada.
É nesse sentido que esse novo Homem se posiciona, se realinha e desprovido de machismo ou pré-conceitos, tem uma nova postura dentro desse lar no qual ele também faz parte, agora no compartilhamento das tarefas, na lida com os filhos e no que mais for preciso.
Homens e mulheres não são, nem nunca foram oponentes, e sim foram criados e projetados pelo criador para serem ordeiros, unânimes e parceiros.
Que o nosso Deus conceda graças aos casais para caminharem juntos conforme os princípios bíblicos e que os homens desta nação entendam e aprendam que homens der verdade não tiram sangue, homens de verdade sangram.
Emerson Mafessoni é Pastor da ADNV Morada, psicanalista, terapeuta familiar e sexual e líder do Escola de Homens