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quinta-feira, 6 DE novembro DE 2025

A luta contra o tráfico de pessoas e exploração sexual

nigéria
Foto: unsplash

“Os soldados do Boko Haram batiam em nós e nos estupravam”

Por Marlon Max

Em 23 de setembro de 1999, os países participantes da Conferência Mundial de Coligação contra o Tráfico de Mulheres escolheram a data como o Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças. A ação foi inspirada na Argentina que, em 1913, promulgou a Lei Palácios, criada para punir quem promove ou facilita a prostituição e a corrupção de menores de idade. Isso motivou outros países a protegerem a população, sobretudo mulheres e crianças, contra a exploração sexual e o tráfico de pessoas.

De acordo com informações da missão Portas Abertas, apesar de ser um crime internacional, em muitos países a exploração sexual e o tráfico de mulheres e crianças ainda é uma ferramenta de perseguição contra cristãos. A Nigéria, por exemplo, é um dos países que registra esse tipo de atividade com frequência. O Boko Haram, principal grupo extremista do país, costuma sequestrar mulheres e, em seus cativeiros, abusa delas. Muitos são os relatos de mulheres que tiveram “filhos do Boko Haram”, divulgados até mesmo pela mídia internacional.

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Uma história de dor e restauração

A luta contra o tráfico de pessoas e exploração sexual
Foto: reprodução

Um relato da Portas Aberta narra a história da cristã Ruth, que foi sequestrada pelo grupo extremista quando tinha 14 anos, durante uma invasão ao vilarejo onde vivia, no estado de Adamawa.

“O primeiro ano foi um inferno. Cada dia que retornavam dos ataques, os soldados do Boko Haram batiam em nós e nos estupravam. Meu corpo inteiro estava coberto de feridas e eu fiquei muito magra porque eles não nos davam comida suficiente. Eles nos disseram para negar a Cristo e nos tornarmos muçulmanas se quiséssemos ser mais livres no acampamento. Recusei-me a negar a Cristo e continuei chorando e orando para Deus me resgatar”, testemunha a cristã.

Porém, Ruth se cansou de esperar o alívio para a aflição e decidiu aceitar o islamismo: “Minha decisão tirou parte do meu sofrimento físico, mas ainda estava péssima. Quando éramos levadas para fazer a salat (oração islâmica), eu recitava o Salmo 23 em meu coração. Eu ainda queria acreditar que Jesus era meu bom pastor”. Em 2017, a nigeriana conseguiu fugir e voltar para a casa dos pais, mas agora ela carregava um bebê chamado Samaila com ela.

“Meu pai começou a me tratar como uma infiel por causa do meu filho e do bebê que carregava no ventre. Ele dizia: ‘Não quero ver você nem esse menino perto de mim’. Essas palavras partiram meu coração”, recorda Ruth.

No mesmo ano, de acordo com Portas Abertas, a cristã participou do aconselhamento pós-trauma da Portas Abertas e passou a ser curada pelo Senhor gradativamente. “Deus me testou e eu falhei. Mas quando voltei, ele me aceitou de braços abertos”, comemora. Por isso, deu ao segundo bebê o nome de Ijagla, que significa “Deus é aquele que nos prova”. Além disso, o pai de Ruth também leu o conteúdo que a filha tinha recebido no seminário e foi tocado por Jesus. Isso resultou na mudança em relação aos netos. “Hoje, meu pai pega Samaila no colo e sai com ele. Isso é algo que eu nunca imaginei que fosse possível”, finaliza.

Com informações Portas Abertas

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