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quarta-feira, 19 DE março DE 2025

A importância da conscientização sobre o câncer de mama

Foto: FreePik

Os números são alarmantes, mas na mesma proporção aumentam as ações nas quais até mesmo igrejas se envolvem com o intuito de colaborar na prevenção

Por Patrícia Esteves 

Batizado de Outubro Rosa, este é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, uma doença que afeta milhões de mulheres em todo o mundo, e também atinge homens, embora em menor proporção – apenas 1% dos casos. O período, que representa uma oportunidade vital para educar a população sobre o câncer de mama, seus riscos e a importância da detecção precoce, mostra que conhecimento pode salvar vidas. Nesse momento, milhares de programações e eventos acontecem por todo o Brasil, inclusive nas igrejas. Entretanto, mais importante do que estar envolvida em alguma programação, é fundamental que as mulheres façam o autoexame e outros exames regularmente, para que ocorra o diagnóstico precoce, caso identifiquem alguma alteração na mama.

Os dados sobre o câncer de mama no Brasil mostram números preocupantes e importantes de serem destacados. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que entre 2020 e 2022 o país diagnosticou uma média de 66.280 novos casos de câncer de mama por ano. Em 2021, a taxa de mortalidade ajustada por idade foi de 11,71 óbitos a cada 100 mil mulheres, com as regiões Sudeste e Sul apresentando os maiores índices, em torno de 12,4 a 12,6 por 100 mil mulheres. Em termos de óbitos, 16.724 mulheres morreram dessa doença em 2017, representando 16,1% do total de mortes por câncer em mulheres.

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Esses dados refletem a alta incidência e mortalidade do câncer de mama no Brasil, onde continua sendo referido como a principal causa de morte por câncer entre mulheres no país. A faixa etária mais afetada por óbitos é entre 50 e 69 anos, e há uma tendência crescente de casos entre mulheres acima de 80 anos, de acordo com o INCA. A pandemia de Covid-19 impactou os registros de mortalidade nos anos de 2020 e 2021, com uma leve queda nas mortes por câncer de mama, provavelmente devido à subnotificação e à concorrência com óbitos pela própria Covid-19.

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Os números também demonstram a importância das campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, que alertam para a detecção precoce, essencial para melhorar as chances de cura. Fatores de risco incluem obesidade, sedentarismo, consumo de álcool, e exposição a radiações ionizantes. Alterações hormonais e fatores genéticos também podem aumentar as chances de desenvolver a doença.

A detecção precoce, por meio do autoexame e da mamografia, é fundamental para o sucesso do tratamento, especialmente porque o câncer de mama, quando diagnosticado no início, tem uma boa resposta ao tratamento.

O que é o câncer de mama?

O câncer de mama ocorre quando as células da mama começam a crescer de forma descontrolada, formando um tumor. Embora a maioria dos casos ocorra em mulheres, homens também podem ser diagnosticados com a doença. Os tipos de câncer de mama variam, mas os mais comuns incluem o carcinoma ductal invasivo e o carcinoma lobular invasivo. Os sintomas podem incluir a presença de nódulos, alterações na forma ou tamanho da mama, secreções anormais e alterações na pele.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres brasileiras. Em 2023, foram estimados mais de 66 mil novos casos, o que equivale a cerca de 29% de todos os tipos de câncer. A boa notícia é que a taxa de sobrevivência tem aumentado, principalmente devido à conscientização sobre a detecção precoce e avanços nos tratamentos. A detecção precoce pode aumentar as taxas de sobrevivência em até 95% quando o câncer é identificado em seus estágios iniciais.

A importância da detecção precoce

A detecção precoce é fundamental para o sucesso no tratamento do câncer de mama. Exames regulares permitem que as alterações nos seios sejam identificadas antes que se tornem graves. A mamografia, um exame de imagem que detecta alterações nas mamas, é a principal ferramenta para a detecção precoce. As diretrizes recomendam que as mulheres comecem a realizar mamografias anualmente a partir dos 40 anos, ou antes, se houver histórico familiar de câncer de mama.

A conscientização sobre o câncer de mama é uma responsabilidade de todos. Compartilhar informações, apoiar campanhas de prevenção e incentivar a realização de exames regulares pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Como comunidade cristã, é fundamental unir esforços para informar e encorajar aqueles que estão lutando contra essa doença. Unida, a Igreja de Cristo pode promover a esperança e a cura, assegurando que todos tenham acesso às informações e cuidados necessários para enfrentar o câncer de mama com fé e coragem.

Orientações sobre exames regulares

Mamografia: mulheres devem realizar mamografias anualmente a partir dos 40 anos. Para aquelas com histórico familiar de câncer de mama, a consulta a um médico pode determinar se o início do exame deve ser antecipado.

Autoexame das mamas: a prática do autoexame das mamas é uma ferramenta adicional que pode ajudar na detecção de alterações. O autoexame deve ser realizado mensalmente, preferencialmente uma semana após o início do ciclo menstrual. As mulheres devem ficar atentas a nódulos, alterações na pele ou secreções.

Consultas médicas regulares: manter consultas regulares com um médico mastologista ou ginecologista é crucial. Durante essas consultas, é importante discutir quaisquer preocupações, histórico familiar e a necessidade de exames adicionais.

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