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quinta-feira, 28 março 2024

A história de Rute: Virtudes, sofrimento e resgate

A cada dia que passa tenho a nítida impressão de que os mais lindos sonhos e planos emoldurados nos modernos e sofisticados álbuns de casamento digitais estão sendo deletados da realidade tão rapidamente quanto o disparo que produziu cada foto.

O que pode estar causando tal epidemia? Será que a onda liberal que assola nossa sociedade elegeu o casamento como sua principal vítima? Como interpretar esse fenômeno que não poupa nem mesmo os matrimônios apelidados de “casamentos no Senhor”? Para alguns, a união conjugal é desfeita sem nenhuma cerimônia, numa antítese perfeita ao evento que a promulgou indissolúvel, até que pelo advento da morte de um estaria o outro parceiro livre dos votos que voluntária, audível e solenemente foram pronunciados. Por outro lado, há pessoas cuja manutenção do relacionamento se dá via luta e sofrimento, e não pouco sofrimento. Assistindo ao esforço inútil de um ou de ambos para salvar o casamento, há quem apele para a razão, insistindo que é melhor se separar do que viver nutrindo tanta dor e esperança frustrada.

O fato é que em ambos os casos ninguém sai ileso quando o casamento desmorona. Mesmo para aquele que insensivelmente decreta o fim do vínculo, é impossível não sair machucado. A única condição possível para que todos saiam ganhando é aquela em que o Evangelho opera sua especialidade: fazer novas todas as coisas! Nossa alma e carne repudiam a dor e a tragédia; por isso tendemos a buscar uma solução rápida para o sofrimento. Natural e compreensível, somos humanos.

Dias atrás, relendo a historia de Rute e admirando sua conduta, percebi que nossos descaminhos, sofrimentos e amarguras, que por vezes parecem não ter fim, acabam esbarrando no insondável e nada previsível plano de Deus, que sempre tem resgate e redenção para nos oferecer, como aconteceu com ela.

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É impressionante notar que de Rute e Noemi tudo que se fala é a prática da virtude. Foram exatamente essas qualidades que atraíram a atenção de Boaz, o resgatador, tipo de Cristo, para a sofrida e virtuosa Rute. Nenhum esforço sobre-humano, nenhuma manobra ou contenda, apenas dignidade e trabalho aliados ao amor incondicional.

Parece-me que esses ingredientes formam a base para a manifestação da bondade de Deus por nós. Seja qual for a sua situação conjugal, casado, solteiro, viúvo ou separado, deixo meu encorajamento, no sentido de que nenhum esforço ou luta por um relacionamento terá chance de sucesso se estiver dissociado de um caráter virtuoso e pronto a suportar as aflições inerentes a qualquer ser humano.

Apoie-se no exemplo de Rute e aguarde. Quando você menos esperar, seu resgatador, o Senhor Jesus, virá ao seu encontro, trazendo consigo livramento, vitória e um novo capítulo em sua história. Quem sabe, todos os planos e sonhos que eram dados como perdidos possam ser restaurados, recuperando imagens alegres que voltarão a ornar os relatos e enfeitar as narrativas de tudo aquilo que você projetou para seu futuro.

Pr. Dinart Barradas

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