“Estamos tão acostumados a ser enganados que suspeitamos do evangelho, como se ele fosse bom demais para ser verdade”
Por Marlon Max
A verdadeira graça enfraquece não apenas a justiça própria, mas também a autossuficiência. Deus muitas vezes nos leva a um ponto em que não temos lugar para voltar a não ser para Ele.
“Como com o maná, Ele sempre nos dá o suficiente, mas não muito. Ele não nos deixa armazenar graça. Temos que voltar para buscá-lo, fresco, a cada dia, a cada hora”, diz Randy Alcorn, diretor do ministério Eternal Perspective.
Alcorn lembra que a graça é sempre um escândalo para quem não a conhece. Ele destaca o caráter bondoso de Deus e sua ação misericordiosa na vida daqueles que, muitas vezes nem o conhece.
“Basta lembrarmos do que está escrito em Hebreus 4:16, que cessa qualquer suspeição sobre o caráter misericordioso de Deus, mesmo que pareça bom demais para ser verdade: ‘Aproximemo-nos, pois, do trono da graça com confiança, para que recebamos misericórdia e achemos graça para nos ajudar no nosso tempo de necessidade’, portanto Deus oferece auxílio por meio da Graça e misericórdia para quem não a merece”, explica.
Para um judeu devoto, a noção de acesso irrestrito a Deus é escandalosa. No entanto, esse acesso é nosso, gratuitamente. Por causa da obra de Cristo, a porta de Deus está sempre aberta para nós, destaca Randy.
Viver pela graça significa afirmar diariamente nossa indignidade. Nunca somos gratos pelo que pensamos que merecemos. Estamos profundamente gratos pelo que sabemos que não merecemos.
“Quando você sabe que merece o inferno eterno, coloca um dia ruim em perspectiva! Se você perceber que não merece, de repente o mundo ganha vida – você fica surpreso e grato com as muitas bondades de Deus que eram invisíveis quando você pensava que merecia algo melhor. Em vez de se afogar na autopiedade, você está flutuando em um mar de gratidão”, frisa o pastor americano.
O pastor Randy Alcorn ainda explica que o orgulho é um fardo pesado. “Não há nada como aquele sentimento de leveza quando Deus graciosamente tira nossas ilusões de nossos ombros”, diz. Mesmo a recusa de nos perdoar é um ato de orgulho, é tornar a nós mesmos e nossos pecados maiores do que Deus e Sua graça.