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quinta-feira, 18 abril 2024

70% das crianças usam a internet antes dos 10 anos

O isolamento social, aulas online e pais em home office tornou ainda mais difícil tirar as crianças de frente das telas

Por Priscila Cerqueira e Marlon Max

Quase metade das crianças brasileiras usam um dispositivo conectado pela primeira vez antes dos seis anos. É o que aponta uma pesquisa feita por uma empresa americana de cibersegurança. A vida online cada vez mais precoce liga o sinal de alerta para pais que não sabem como evitar que suas crianças sejam expostos a conteúdos impróprios.

Mesmo que a maior parte do tempo seja para o uso recreativo, como assistir vídeos ou brincar com jogos, a pandemia forçou milhares de crianças a lidarem com a internet por mais tempo. Escolas físicas foram substituídas por aulas online e com o tempo de interação mediado por computadores ou tablets também aumentou.

A Revista Comunhão contou em sua edição 282, neste ano, a história de Patrícia Tiso que é similar a milhares de mães brasileiras. Ela é mãe de três filhos e atesta que eles não se desconectam durante o dia. Há alguns especialistas que dizem que esse é um traço da geração chamada nativa digital, isto é, pessoas que já nasceram com o advento da internet. Patrícia explica como encara esse cenário em casa.

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“Eles sempre lidam com o computador. Estão ligados no mundo digital, sabem do jogo novo da moda e querem participar”, explica e desabafa dizendo que “é uma luta para tirá-los da frente da tela e mantê-los ocupados com outras atividades.”

De acordo com a pesquisa, o Brasil também lidera o ranking de crianças que ganham smartphones ou tablets antes dos 10 anos, são mais de 70% o número de crianças com menos de 10 anos que já possuem um dispositivo. A pesquisa ainda informa que 56% das crianças brasileiras têm alguma conta em redes como WhatsApp, Instagram, YouTube e Facebook.

70% das crianças usam a internet antes dos 10 anos
Fonte: Kaspersky

A pediatra Evelyn Eisentein, que é coordenadora do Grupo de Trabalho da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sobre Saúde Digital, explica que a interação com a tela é passiva. Ela expõe que isso acontece com um certo perfil de pessoas “Crianças e pessoas mais retraídas e introspectivas, e que não entram em contato com suas emoções”, tanto com as suas próprias, como com as dos outros.

Para a pediatra, a maneira ideal de mudar a relação das crianças com a internet é com a presença dos pais. “A brincadeira é a chave para reduzir o tempo em frente a tela dos filhos no dia a dia. Através do brincar é que a criança elabora e compreende essa maluquice que estamos vivendo”, explica a médica.

Como a situação é praticamente inevitável, mediante a oferta cada vez maior de possibilidades na internet, a especialista em cibersegurança Carolina Mojica destaca que é preciso estar atento e sempre manter o diálogo com os filhos.
“As crianças de hoje crescem em um mundo rodeado pela internet. Desde cedo, converse com eles sobre as ameaças online para que aprendam a reconhecê-las e evitá-las, criando assim uma base de confiança e diálogo”, explica Mojica.

Com informações IBGE Educa

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