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sábado, 20 abril 2024

7 de Setembro: Indecisão ou Omissão?

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José Ernesto Conti é Pastor da Igreja Presbiteriana Água Viva no bairro Estrelinha - Foto: divulgação

A Igreja Evangélica está nesse 7 de setembro diante de uma grande decisão

Por José Ernesto Conti

Desde que evangélico deixou de protestar (de onde veio o nome de protestante), política no meio cristão tornou coisa do diabo. Aliada à visão de que nosso “reino” não é deste mundo, as últimas 5 gerações de cristãos brasileiros, caminharam entre a total alienação e a indecisão de ser um cidadão completo.

A boa notícia é que boa parte dos evangélicos incentivados por sua liderança e assustados com os desmandos dos ministros do STF, perseguindo e prendendo brasileiros por expressar sua contrariedade com a política nacional, de meia dúzia de políticos corruptos e imorais e por uma imprensa que só quer destruir os valores éticos e morais da Palavra de Deus, passamos a ter vez e voz.

Deixamos de ser sectários, fundamentalistas, insignificantes e desprezíveis para, quem sabe, entender que podemos ser sal e luz no mundo. Mas, seria isso uma questão espiritual? A igreja deveria se preocupar com um assunto deste? Fazer ou participar da política não é algo que entristece a Deus, já que meio político se deteriorou tanto e hoje está muito mais para algo pecaminoso e impuro?

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Na verdade, para responder esta pergunta poderíamos ouvir a parábola que Jotão, filho de Gideão contou (Jz 9:8-15). A estória é a seguinte: As árvores resolveram ungir um rei e disseram a oliveira: Reina sobre nós. Mas a oliveira disse: deixaria eu o meu óleo, que todos amam, para reinar sobre vós? Nunca. Então as árvores pediram a figueira, reina sobre nós? Mas a figueira disse: deixaria eu a minha doçura para reinar sobre vós? Nunca. Então as árvores foram a videira: reina sobre nós? Mas a videira disse: Deixaria eu o meu vinho que agrada a Deus e aos homens? Nunca. Então as árvores disseram ao espinheiro: reina sobre nós? O espinheiro respondeu: Só se for agora. Moral da estória imoral: Quando os cidadãos se omitem, os “espinheiros” fazem a festa.

O pastor Martin L. King disse certa vez que se preocupava muito mais com o silêncio dos bons do que com o grito dos maus. Enquanto os evangélicos não perceberem que é muito mais prejudicial para todos nossa omissão, os espinheiros continuarão a governar. Enquanto estivermos preocupados só com o óleo santo, com a doçura da palavra ou o vinho da alegria, mas omissos quanto a sociedade que nos cerca estaremos alimentando os espinheiros da política. É hora de ouvir a Jotão e acabar com a indecisão. Vamos para a Rua!

José Ernesto Conti é pastor da Igreja Presbiteriana Água Viva.

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