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quinta-feira, 25 abril 2024

Egípcios enfrentam Estado Islâmico e afirmam: “Não negaremos nossa fé”

Alguns sobreviventes do ataque relataram que jihadistas estavam mascarados. Eles forçaram os ônibus a pararem e ordenaram que os cristãos descessem do veículo e negassem a Jesus

O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou no último sábado (27) a autoria do ataque contra dois ônibus e uma caminhonete que transportavam cristãos coptas na região de Minya, no Egito.

Na sexta-feira (26), os veículos transportavam adultos e crianças coptas que iam até um mosteiro ao sul da capital para fazer suas orações. Oficialmente são 28 mortos e 24 feridos.

Os cristãos coptas foram interceptados por homens fortemente armados, que abriram fogo contra os veículos. Alguns sobreviventes do ataque relataram que jihadistas estavam mascarados. Eles forçaram os ônibus a pararem e ordenaram que os cristãos descessem do veículo e negassem a Jesus.

“Eles mandaram que renunciassem a sua fé cristã, um por um, mas todos se negaram”, relatou o líder copta Rashed. A maioria das vítimas foram executadas a sangue frio, com tiros na cabeça. Esse é o mesmo modus operandis de execuções do Estado Islâmico nas regiões dominadas pelo grupo extremista.

Além de matarem as pessoas, roubaram dinheiro bem como alianças e anéis, relata Maher Tawfik, cujo marido e sua filha de um ano e meio morreram no ataque.

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O ataque em Mynia é o novo capítulo na ofensiva iniciada final do ano passado pelo braço egípcio do Estado Islâmico (EI) contra a minoria cristã no Egito. A organização extremista anunciou que deseja exterminar os cristãos do país, que são 10% da população, na maioria coptas.

Acostumados a conviver com a ameaça islâmica desde o século VIII, os cristãos naquela região acreditam que é uma honra morrer sem negar a Jesus. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra que, embora haja lágrimas e lamentos pelas vidas perdidas, em especial das muitas crianças que tiveram seu sangue derramado no deserto, também há celebração pela convicção que eles estarão todos juntos no céu.

Do lado de fora, conforme relata o site Shoebat, milhares de cristãos estavam reunidos e declararam que nunca seriam “conquistados” pelo islamismo nem iriam negar a sua fé.

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