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quinta-feira, 25 abril 2024

É pecado vender produtos cristãos no templo?

Constantemente, esta questão vem à mente dos cristãos, principalmente dos que conhecem o episódio de Mateus 21, no qual Jesus expulsa do templo aqueles que estavam comercializando produtos. Jesus não se irritou apenas com os vendedores. Expulsou também os compradores, que, na verdade, são a causa da existência dos vendedores. E Jesus pegou pesado nas palavras, dizendo que eles estavam querendo transformar a Casa do Senhor em um covil de ladrões.

Dois mil anos depois, após passarmos por todo o processo de expansão da Igreja primitiva, do surgimento da Igreja Católica, da Reforma Protestante, da proliferação de denominações cristãs e não-cristãs, parece-nos que o problema persiste. Ele é inevitável. Sempre haverá vendedores no templo.

Esses que Jesus expulsou poderiam até estar vendendo coisas relacionadas à fé, mas os seus corações eram de ladrões. Jesus não aprova a atitude desse tipo de mercador. Por certo, nas muitas outras vezes que adentrou o templo, essa turma de vendedores estava lá comercializando os “seus peixes”. Por que Jesus não os expulsou antes? Naquele dia, o espírito de venda era outro.

A Bíblia foi o primeiro livro impresso e é o mais vendido de toda a História – dentro e fora da Igreja. Parafraseando as próprias palavras bíblicas “como ouvirão se não há quem pregue?”, pergunto: “como lerão se não há quem lhes venda o livro?”. E o produto deve ser vendido no local onde há mais interessados em comprá-los: no templo.

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Nos dias atuais, alguns líderes estão tentando boicotar os vendedores de livros e CDs dentro do templo, comparando-os aos salteadores do episódio supracitado. Por que não ameaçam acabar com as cantinas no final dos cultos, ou com as campanhas para levantar fundos para certas festas dispensáveis?

A venda ao final das reuniões é oportuna e não oportunista. Quem gostou leva. Quem não gostou não leva. Os músicos não estão vendendo porcos, galinhas, roupas, coxinhas, ou bijuterias – como, aliás, outros fazem, sem impedimento, no templo. Eles estão vendendo músicas e livros relacionados à Palavra de Deus, feitos sob a direção de Deus, com muito esforço, com dedicação, com unção. Claro que existem exceções.

Estatisticamente, sabe-se que as pessoas não conseguem reter mais que 7% do que ouviram nas reuniões. Portanto, os CDs e livros são a salvação para que as informações sejam levadas para casa e melhor digeridas. Posso testemunhar.

Eu poderia escrever um livro de 500 páginas contando apenas sobre pessoas que foram abençoadas por intermédio dos meus CDs, livros e artigos publicados. Centenas voltaram para a Igreja, outras se converteram, casamentos foram restaurados, algumas foram chamadas para o ministério, pais se reconciliaram com os filhos, enfim, uma série de acontecimentos positivos relacionados ao conteúdo desses produtos. Eles foram vendidos em livrarias, mas também à porta dos locais onde dei palestras e cantei.

Jesus não é contra pessoas bem intencionadas. É contra os vendedores ladrões, mal intencionados, que só querem se aproveitar das pessoas. Eu e muitos outros artistas pregamos através da arte, como ministério, missão dada por Deus. Ela é o talento que Deus confiou em nossas mãos para multiplicarmos. Vendemos porque acreditamos no que fazemos e no Deus que nos inspirou.

Portanto, não é pecado vender na porta da igreja. Pecado é fazer um produto pobre, falso, mal redigido, mal gravado, e ainda vender acima do preço. Isso é desonestidade. Pecado também é proibir que verdadeiros artistas possam difundir a sua arte que tanto bem faz às pessoas. Pecado é não disponibilizar para venda aquilo que poderá abençoar vidas, conduzi-las a Jesus e edificá-las. Então, boas vendas!

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