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sexta-feira, 19 abril 2024

Nossa cultura moribunda

David Wells, em seu excelente artigo com o tema supra, diz que o que chama a atenção quanto à nossa cultura de hoje é que sua corrupção não está simplesmente nas bordas. Ela é generalizada e se espalha como neblina por toda a sociedade. Robert Bork está correto em sua análise, quando diz que as virtudes tradicionais desta cultura estão sendo perdidas, seus vícios multiplicados, seus valores depreciados – em resumo, a própria cultura está se desfazendo.
Destacaremos três aspectos dessa cultura moribunda:

  1. O desbarrancamento da virtude – Na mesma proporção que nos tornamos gigantes nas conquistas científicas, apequenamo-nos na estatura moral. O crescimento da violência é dez vezes maior do que o crescimento da população. A escravidão das drogas mata nossa juventude. A devassidão moral solapa os valores da família. Cresce espantosamente o número de mães solteiras. O casamento é questionado até nos meios mais conservadores e o divórcio cresceu mais de 200% nas últimas quatro décadas.. O concubinato é incentivado como alternativa. O chamado casamento homossexual já é visto por muitos como uma relação legítima, e até mesmo incentivado pela mídia. Desde 1960 o índice de suicídios de adolescentes subiu mais de 200%, sendo hoje a terceira maior causa de morte entre jovens. Com isso, menos de 60% das crianças mora com os dois pais biológicos. As colunas de sustentação da sociedade estão abaladas e o edifício moral que deveria protegê-la está desabando.
  2. A inversão de valores – A sociedade substituiu caráter por desempenho, virtude por charme, o ser pelo ter. Chama luz de trevas e trevas de luz. Aplaude a desonra e faz troça da virtude. A sociedade substituiu os heróis pelas celebridades. O herói é forjado nos campos de luta; a celebridade é criada pela mídia. O herói é um grande homem; a celebridade é um grande nome. É a nossa cultura comercial que produz a celebridade, mas era a cultura moral que elevava o herói. À medida que as celebridades substituem os heróis, a imagem substitui o caráter e os valores são invertidos. Na medida em que desapareceu nosso entendimento de nós mesmos como criaturas morais, o vácuo vem sendo preenchido por antropologias alternativas. Estamos numa crise de identidade. Quem nós somos? “Eu sou meus genes”; “Eu sou minha orientação sexual”; “Eu sou meu passado”; “Eu sou minha auto-imagem”; “Eu sou minhas experiências”; “Eu sou o que tenho”; “Eu sou o que como”; “Eu sou o que faço”; “Eu sou quem eu conheço”. Por termos sacudido o jugo do criador, não sabemos quem somos, por isso os valores estão invertidos.
  3. O desprezo pela verdade – O mundo moderno faz guerra à própria noção da verdade. Mais de 70% da população não acreditam que haja verdade absoluta. O escritor Albert Mohler diz que o evangelicalismo pode ser considerado um prédio de muitos andares. Nos pisos superiores, teólogos debatem questões doutrinárias, e com razão. Precisamos defender os fundamentos evangélicos. Mas, ao mesmo tempo, precisamos reconhecer que no andar térreo a doutrina da revelação está .

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