A China celebrou essa semana os 100 anos do Partido comunista e mais de 400 cristãos foram presos em meio às comemorações. “Esmagaremos a cabeça dos que tentam nos intimidar”, declarou o presidente Xi Jinping
Por Priscilla Cerqueira
Essa semana o mundo inteiro acompanhou as comemorações da China por ocasião dos 100 anos do Partido Comunista chinês. Mas o que assusta é a perseguição aos cristãos exagerada no país. Entre os meses de abril e junho deste ano, mais de 400 pessoas foram presas da Igreja do Deus Todo-Poderoso (CAG, sigla em inglês).
Considerada um novo movimento religiosos, a denominação é o grupo mais perseguido do país. Em um documento emitido pelo Escritório de Segurança do Estado na província de Shanxi, as prisões foram feitas em nome da manutenção da ordem social durante a celebração do centenário do PCC.
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Sob o pretexto anônimo, um funcionário do governo na província de Henan disse a revista religiosa Bitter Winter que o governo recebeu ordens de prender os cristãos como alvos principais na preparação para a celebração. Pelo menos 265 membros da igreja foram presos na província de Henan.
Perseguição elevada
Considerado o mais poderoso líder chinês em gerações, o presidente Xi Jinping fez um discurso na abertura do centenário das comemorações do PCC, diante de 70 mil pessoas presentes na Praça Tiananmen.
“O povo chinês nunca permitirá que forças estrangeiras nos intimidem, oprimam ou escravizem. Quem quer que nutra delírios de fazer isso quebrará a cabeça e derramará sangue na Grande Muralha de aço construída com a carne e o sangue de 1,4 bilhão de chineses”, declarou.
*Com informações de revista religiosa Bitter Winter