As lições de Thom Rainer mostram que saúde espiritual, visão clara e evangelismo ativo são o caminho para uma comunidade de fé vibrante e missionária
Por Cristiano Stefenoni
Na tentativa de se “modernizar”, muitas igrejas apostam em alta tecnologia e eventos caros para evitar a evasão de fiéis e atrair novos membros para o rebanho. O problema é que alguns templos focam apenas nisso e se esquecem de fazer o básico que funciona. Em outras palavras, a revitalização da igreja é necessária, desde que as mudanças fomentem o crescimento espiritual de todos. Pelo menos, essa é a opinião de um especialista no assunto, pastor Thom S. Rainer.
Ele é escritor, pesquisador, palestrante e atual presidente e CEO da LifeWay Christian Resources, entidade da Convenção Batista do Sul em Nashville, Tennessee (EUA). É autor de várias obras Best Seller, entre elas “Simple Church” (Igreja Simples – Editora Palavra), onde trata exatamente desse tema. Na sua opinião, uma verdadeira revitalização da igreja está diretamente ligada a obediência ao Senhor.
“Ela [a igreja] está fazendo a vontade de Deus com mais obediência do que no passado? Eu entendo que essa definição pode ser vaga, mas, acredite, Deus vai torná-la evidente quando a revitalização estiver, de fato, acontecendo”, destacou Rainer, durante um webinar no dia 8 de outubro e que reuniu mais de 60 líderes, pastores e pastoras da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.
Além disso, o pastor lembrou que, quando se trata de igreja, não existe plano B, ou seja, todo o esforço e dedicação precisam ser concentrados no ministério atual. “Deus nos deu a igreja local. De Atos 2 até Apocalipse, a Bíblia fala sobre a igreja local, para a igreja local, para o líder ou no contexto de uma igreja local. A igreja local é o plano A de Deus. Ela está ligada ao nosso ministério até a volta de Cristo. Ele não nos permitiu ter um Plano B. Então é essencial amarmos a igreja local”, ressaltou.
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10 lições sobre revitalização de igrejas:
1 – A oração é o ponto de partida: Nenhuma revitalização é verdadeira se não for sustentada pela oração. Sem esse alicerce espiritual se torna apenas mais um programa religioso.
2 – A saúde do líder reflete na saúde da igreja: Muitas igrejas em declínio têm pastores cansados e desanimados. A transformação da igreja começa pela renovação pessoal do líder, em sua vida de oração, no tempo com a Palavra e nos relacionamentos com Deus e com outros crentes.
3 – O evangelismo precisa voltar ao centro: A igreja deixa de cumprir sua missão quando se distancia da evangelização. A verdadeira revitalização acontece quando vidas são transformadas e pessoas chegam a Cristo.
4 – Os primeiros meses são decisivos: Os 12 a 18 primeiros meses do processo de revitalização são cruciais. Quando a igreja começa a obedecer à Grande Comissão, o inimigo tenta interromper o avanço. Por isso, é importante celebrar desde cedo as vitórias e bênçãos de Deus — isso fortalece a fé e constrói credibilidade.
5 – Pequenos grupos fortalecem o discipulado: Estar conectado faz toda a diferença. Quem participa de um pequeno grupo tem cinco vezes mais chances de crescer espiritualmente do que quem não participa.
6 – Clareza de visão e boa comunicação são vitais: As igrejas precisam de um processo claro de discipulado e de uma visão constantemente comunicada.
7 – A próxima geração precisa ser parte do processo: Em busca de propósito e autenticidade, os jovens estão retornando à igreja em maior número. Para alcançá-los, a comunicação digital é útil, mas nada substitui o relacionamento pessoal.
8 – O coração da adoração vale mais que o estilo: O estilo musical é apenas uma ferramenta, não o fim. O foco deve estar em adorar a Deus em espírito e verdade, e não em preferências pessoais.
9 – A cultura de acolhimento fala antes do sermão: O visitante decide se voltará à igreja nos primeiros minutos, observando se as pessoas realmente se importam com ele.
10 – Revitalizar é criar uma nova cultura: Mais do que lançar projetos ou campanhas, revitalizar significa transformar a cultura da igreja. Uma cultura saudável é centrada nos outros e não em si mesmo.
Com informações de O Estandarte
