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quinta-feira, 28 março 2024

Cuidado! Zika não é tão inofensiva como se pensava

Pouco tempo atrás, a população conhecia por meio de jornais e internet uma doença chamada de zika, causada pelo mesmo transmissor da dengue, o mosquito Aedes aegypti. A princípio, o problema era considerado pelos especialistas como pouco grave. Agora, com novos casos surgindo no Brasil e a descoberta de seus sintomas, sabe-se que a zika traz transtornos, especialmente às grávidas e aos portadores de doenças imunossupressoras (Aids, diabetes, câncer e lúpus, por exemplo).

“A zika é uma doença nova no país. Ainda não temos certeza de muita coisa sobre ela. Em crianças, idosos e quem tem doenças imunossupressoras, como Aids, diabetes, câncer e lúpus, o quadro pode ser mais acentuado”, disse o infectologista Paulo Mendes Peçanha.

Segundo o infectologista e coordenador de residência em infectologia do Hospital das Clínicas, Carlos Urbano Gonçalves Ferreira Junior, em todos os doentes, os sintomas são febre baixa, manchas vermelhas na pele e olhos vermelhos e duram de cinco a sete dias. “Porém, 80% dos doentes não apresentam os sintomas”, ensina, lembrando que nesse período é preciso muita hidratação e remédio para febre.

Doutor Urbano lembra que a zika é um problema, sim, mas que deve ser encarado de maneira especial pelas grávidas. Isso porque, se a mulher for infectada, o feto corre o risco de ter microcefalia, que traz sequelas para o resto da vida da criança. Porém, o médico tranquiliza as mães que estão apreensivas. “Crianças de 1, 2 meses, de 2, 3 anos, enfim, quem já nasceu, não corre o risco de ter microcefalia. O problema é com os fetos. Daí a importância das grávidas de protegerem”, afirma.

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Combate
Os médicos são unânimes no alerta ao combate do vetor da doença. “Precisamos ter zero por cento de tolerância. Combater o Aedes aegypti é uma prioridade, pois a zika não tem vacina, nem remédio. Se conseguimos eliminar quem transmite, acabamos com o problema”, explica

Síndrome de Guillain-Barré
De acordo com Urbano, a síndrome de Guillain-Barré é uma doença neurológica rara (atinge em média uma pessoa a cada 100 mil habitantes) e que pode surgir após infecções por vários tipos de vírus ou bactérias. “Essa síndrome pode surgir após qualquer quadro infecto viral. Pode ser que apareça após a pessoa ter tido zika, mas não é frequente”.

De origem autoimune, ela ocorre por causa da produção inapropriada de anticorpos que passam a atacar a bainha de mielina, que é uma substância que recobre e protege os nervos periféricos. De origem autoimune, provoca fraqueza muscular generalizada e que, em casos mais graves, pode até paralisar a musculatura respiratória, impedindo o paciente de respirar.

Presidente
A presidente Dilma Rousseff disse hoje (4) que as infecções por vírus Zika no país devem ser tratadas com muita seriedade e confirmou que vai amanhã (5) ao Recife (PE) acompanhar o surgimento de casos de microcefalia e os trabalhos de contenção do Aedes aegypti na região. O anúncio foi feito durante a 15ª Conferência Nacional de Saúde.

Segundo a presidenta, o governo federal está mobilizando agentes de saúde de todo o Brasil, além de toda a estrutura de defesa civil e homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para ajudar nas ações de controle do vetor. Para Dilma, o país enfrenta verdadeira guerra contra o vírus Zika.

“Esse vírus é algo que nós não podemos compactuar. Nós vamos usar de todos os elementos, desde a prevenção até o uso de tecnologia para procurar vacinas que sejam comercializáveis”.

Números atuais
Até o dia 28 de novembro, foram notificados 1.248 casos suspeitos de microcefalia identificados em 311 municípios de 14 estados. Pernambuco mantem-se com o maior número de casos (646). Em seguida, estão Paraíba (248), Rio Grande do Norte (79), Sergipe (77), Alagoas (59), Bahia (37), Piauí (36), Ceará (25), Maranhão (12), Rio de Janeiro (12), Tocantins (12), Goiás (2), Distrito Federal (1) e Mato Grosso do Sul (1).

Na última segunda-feira (30), os ministros da Saúde, Marcelo Castro, e da Integração Nacional, Gilberto Occhi, estiveram em Pernambuco e discutiram com o governador do estado, Paulo Câmara, ações de combate ao mosquito.

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