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sexta-feira, 29 março 2024

Teólogo defende “A Cabana”: críticas são superficiais

Um professor de teologia surpreendeu ao fazer a defesa do filme “A Cabana”, que vem tendo um bom desempenho nas bilheterias de vários países. Roger E. Olson é batista e ensina ética e teologia no Seminário George W. Truett, da Universidade de Baylor, Texas. Ele acredita que a maioria dos críticos estão sendo “superficiais” ao questionarem apenas o porquê de Deus ser representado no longa como uma mulher negra.

Em seu blog para o site Patheos, especializado em religião, Olson escreveu: “Posso apenas dizer que estou muito desapontado com as respostas dos cristãos evangélicos ao livro e ao filme. Em minha opinião, alguns são extremamente superficiais e desdenhosos”.

Para o professor, muitas pessoas estão reclamando do filme sem terem ido assisti-lo e repetem o mesmo argumento, que tem forte inclinação ao que ensinam calvinistas, historicamente avessos a representações visíveis de Deus.

Olson, que é arminiano, diz que não há nada errado em termos uma imagem visível de Deus, como mostra o longa. “Claro, não espero que os calvinistas gostem da teologia do filme, mas esperava que pelo menos o vejam antes de reclamar sobre isso”, provocou.

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O professor de teologia diz que o filme, baseado no livro do mesmo nome, apresenta uma “mensagem cristã muito forte, sem ser um sermão ou palestra”. Segundo ele, a proposta do autor claramente não era fazer um tratado teológico, mas contar uma história.

“Não precisamos concordar com todos os pontos da mensagem, mas acredita que é sempre importante, especialmente para os cristãos, ter discernimento bíblico ao ler qualquer livro ou assistir a qualquer filme”, ​​enfatizou.

O argumento de Roger E. Olson é, de certa maneira, uma resposta a  Albert Mohler Jr, presidente do Seminário Teológico Batista do Sul, o qual reclamou em seu blog:  “A Bíblia adverte contra qualquer representação falsa de Deus e chama isso de idolatria”.

Outros teólogos, como Jerry Newcombe, optaram por uma postura mais branda, dizendo que  a história “trata com muita liberdade a Pessoa de Deus” e que isso poderia dar a impressão errada aos cristãos. Ele recomenda discernimento para todo expectador diferenciar o que é o ensino bíblico e o que é entretenimento.

Há aqueles que, como o teólogo Steven D. Greydanus, preferem não colocar limites sobre como Deus pode escolher apresentar-se.

“A Cabana não diz que Deus é realmente assim, mas que escolheu manifestar-se dessa maneira ao personagem Mack ‘Philips, interpretado no filme de Sam Worthington. Bem, quem pode dizer que Deus não pode aparecer assim para alguém? Nenhuma interpretação imaginativa de Deus é mais do que uma meia-verdade”, argumenta.

“A Cabana”, atualmente em exibição no Brasil, é uma história que lida com a dor de uma profunda perda. Ele tem dividido opiniões, não tanto por falar sobre o amor de Deus em meio as tragédias, mas principalmente por ter atores femininos interpretando Deus e o Espírito Santo. 

O filme que adaptará o livro “A Cabana” para o cinema estreia nos cinemas brasileiros no dia 6 de abril.

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