Durante décadas ignoradas, as igrejas evangélicas eram tratadas como seitas pelos franceses. Hoje, a religião se tornou mais “dinâmica” no país.
As igrejas evangélicas estão crescendo na França e segundo reportagem da revista L’Obs desta semana, um novo templo é inaugurado a cada dez dias.
Ainda de acordo com a publicação, essa já se tornou a religião mais “dinâmica” do país, seguida pela expansão do Islã.
ASCENSÃO
A reportagem relata o sucesso da turnê pela França do pastor australiano Nick Vujicic, que reúne multidões por onde passa.
Milhares de pessoas estiveram na ministração realizada na cidade do Havre, na Normandia, noroeste da França. A adesão a este tipo de evento confirma a ascensão das igrejas evangélicas no país.
SEITAS
Durante décadas ignoradas, as igrejas evangélicas eram tratadas como seitas pelos franceses, é o caso da igreja brasileira Universal do Reino de Deus.
Essa reputação negativa se deve principalmente “aos cultos exuberantes marcados por rituais de curas milagrosas, transes e rezas murmuradas em línguas imaginárias e tino para os negócios das igrejas evangélicas”. Mas agora, elas “estão em pleno boom”, declara o artigo.
ISLÃ
O evangelismo fica atrás apenas do Islã. “Mesmo se com 720 mil fiéis os evangélicos ainda estão longe dos entre três e cinco milhões de muçulmanos franceses e dos 10 milhões de católicos praticantes, eles dobraram em apenas 30 anos.
Ainda de acordo com a revista 2,2 mil igrejas evangélicas abriram suas portas em menos de 40 anos, 400 delas apenas nas periferias de Paris.
MAIS IGREJAS
De acordo com Etienne Lhermenault, presidente do Conselho Nacional dos Evangélicos da França (Cnef), que federa dois terços dos evangélicos da França, o objetivo do grupo é triplicar o número de templos nos próximos anos.
Como em outras zonas periféricas, a maioria dos fiéis evangélicos vêm da África subsaariana ou das Antilhas. Mas essas novas igrejas também já estão recrutando e convertendo muçulmanos.
IGREJA E POLÍTICA
As igrejas evangélicas também começam a ser reconhecidas no cenário político francês.
Pela primeira vez na história, seus representantes foram convidados para a cerimônia de posse do presidente Emmanuel Macron, em maio passado.
