Série durou apenas uma temporada e vinha sendo criticada por autoridades brasileiras. Lideranças religiosas disseram que animação é uma afronta aos valores cristãos.
A Netflix cancelou a animação ‘Super Drags’ depois de apenas uma temporada. Segundo relatado pelo jornal O Globo, a produtora não explicou os motivos, mas desde seu lançamento, a animação infantil carregava críticas.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiu uma nota de repúdio à produção, solicitando o seu cancelamento, por considerar o seriado prejudicial para o público infantil.
No comunicado oficial, a instituição reitera seu respeito à diversidade sexual, mas aponta os perigos de utilizar uma linguagem naturalmente considerada infantil para dialogar temáticas destinadas para o público adulto. A gigante do streaming conta com o controle parental, que limita o acesso a certos títulos, quando ativado.
A série conta as aventuras de três jovens, Patrick, Donny e Ramon, que de dia trabalham em uma loja de departamento com clientes irritantes e um chefe escroto. À noite, eles liberam suas divas internas para se tornar Lemon Chiffon, Safira Cian e Scarlet Carmesim. Três fabulosas Super Drags que foram recrutadas para reunir a comunidade LGBT e espalhar amor pelo mundo.
O desenho animado, que foi lançado no dia 31 de outubro, trouxe polêmica por retratar sobre palavrões, violência e conteúdo sexual. Líderes religiosos chegaram a se manifestar sobre a gravidade da situação.
“É um ataque aos valores judaico cristãos, uma conspiração contra a família, conforme instituída por Deus, no esforço de estabelecer a ditadura gay”, declarou o rev Hernandes Dias Lopes. “Essa animação afronta totalmente tudo que condiz contrário aos valores morais da criação”, disse o pastor Paulo Lima, da Igreja Comunidade da Família, do Rio.
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