Meriam Ibrahim, uma sudanesa casada com um cristão de dupla cidadania (sudanesa e americana) foi condenada à morte no dia 15 de maio pela justiça do Sudão por ter se convertido ao cristianismo.
A pena seria anulada se ela “se arrependesse” ou renunciasse à sua fé. O caso repercutiu em um clamor internacional e depois de muitas idas e vindas, com a ajuda da Embaixada dos Estados Unidos no Sudão, ela conseguiu chegar à América com a filha que nasceu enquanto estava na prisão, no dia 31 de julho para encontrar o marido, Daniel Wani. A justiça sudanesa a havia condenado à pena de morte por infidelidade ao Islã, em virtude da interpretação sudanesa da sharia (lei islâmica) vigente no país desde 1983, que proíbe as conversões para outras religiões. Meriam diz ter nascido cristã e criada como cristã por uma família etíope no Sudão, e mais tarde sequestrada por uma família muçulmana sudanesa. A sentença contra Meriam gerou críticas internacionais que levaram à sua soltura e ao cancelamento da pena. Posteriormente, ela voltou a ser detida ao tentar deixar o Sudão. Depois de sua segunda libertação, ela se refugiou na representação diplomática americana. Antes de chegar aos Estados Unidos, Ibrahim foi a Roma, onde se encontrou com o Papa Francisco.