Foram 38 votos contra a mudança na lei e 31 votos a favor, além de uma abstenção e uma ausência.
O Senado da Argentina decidiu, na madrugada desta quinta-feira (09), vetar o projeto de lei que pretendia descriminalizar o aborto até a 14ª semana de gestação. A sessão durou 17 horas e causou muita expectativa na população do país.
O congresso ficou rodeado de militantes contra e a favor da causa. Os senadores votaram contra a lei do aborto, que já tinha sido aprovada pela Câmara dos Deputados. O placar foi de 38 a 31.
A ex-presidente Cristina foi uma das últimas a fazer discurso. Durante seu mandato, ela esteve ao lado dos anti-aborto e mudou de ideia. “Hoje penso diferente porque ouvi a voz dos jovens, desta geração de mulheres feministas que estão destruindo uma sociedade machista e patriarcal e precisam do nosso apoio”, disse.
A medida visava descriminalizar qualquer aborto até a 14ª semana de gestação. E gerou fortes divisões tanto dentro do Governo quanto na posição. Por ter sido finalmente rejeitada, a ação não poderá ser apresentada novamente para avaliação parlamentar até o próximo ano.
Protesto
No fim de semana anterior à votação no Senado, um milhão de cristãos foram às ruas de Buenos Aires protestar. Segundo os organizadores, o protesto foi o maior dos últimos anos. O lema foi “Salvemos as duas vidas”.
Pastores organizaram vigílias e promoveram campanhas de orações para que a lei não passasse. “O aborto é uma prática criminosa e não uma política de saúde, como se tenta instalar”, disse um dos organizadores.
*Com informações de Agência EFE
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