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terça-feira, 19 março 2024

Você se considera uma pessoa resiliente?

“Resiliência é um termo utilizado pela Física e denota a capacidade de um material voltar ao seu estado normal mesmo depois de ter sofrido tensão. Um material considerado resiliente é capaz de se esticar, assumir formas e contornos diferentes de sua forma original, e, ainda assim, manter sua integridade, preservar sua autonomia, manter a sua essência.” [1]

Na bíblia temos diversos exemplos de pessoas resilientes. Entre elas, destaco José, que ainda na sua meninice ficou órfão de mãe; na adolescência, por inveja, foi rejeitado e vendido pelos irmãos, levado para outro país e escravizado;

Longe de tudo e de todos, por diversas vezes foi assediado sexualmente pela mulher de seu patrão e, embora jovem e emocionalmente vulnerável, demonstrou caráter e fé em Deus, o que o levou injustamente ao cárcere por aproximadamente 10 anos. Na prisão, embora tenha feito o bem a dois companheiros de cela, foi esquecido por cerca de 2 anos.

Órfão, invejado, rejeitado, vendido (como um objeto), escravizado, solitário (sem família ou amigos), assediado sexualmente, preso injustamente, esquecido por seus companheiros… provado na fé!

Com qual destas circunstâncias você se identifica?
A missionária britânica Amy Carmichael, certa ocasião, fez um comentário a respeito de como um copo repleto de água doce não irá derramar uma só gota de água amarga, não importando o tipo de solavanco que vier. “Não somos amargos por causa dos solavancos que sofremos, somos amargos por causa dos conteúdos de nosso coração.”

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Quando passamos provas e tribulações o que emana de nós?
Diante dos solavancos sofridos, José demonstrou sua essência, seu caráter, sua fé em Deus. Este foi o conteúdo que emanou de seu coração. Ao reencontrar sua família, teve oportunidade (e autoridade) para vingar-se, ou ser indiferente a ela, mas José demonstrou superação e maturidade na medida em que perdoou e abençoou aqueles que lhe fizeram mal.

Frederich Flach ensina que “a resiliência depende do reconhecimento do sujeito de sua própria dor, do sentido que dá a ela, e a capacidade de tolerá-la até que seja capaz de resolvê-la de forma construtiva.” [2]

Adaptando o ensino de Flach à vida de José, vemos que ele não negou ou fugiu da dor, antes, ao reencontrar seus irmãos demonstrou-a com toda a intensidade possível chorando atinadamente a ponto dos egípcios o ouvirem; [3]

José demonstrou também ter reconhecido o sentido ou o propósito em seu sofrimento, quando revelou sua fé no Deus que tornou o mal intentado pelos irmãos em bem para a conservação da vida de muitos.[4]

Por fim, José demonstrou capacidade de resolução construtiva de sua adversidade quando, a partir dela, abençoou multidões, inclusive seu lar de origem. [5]

Amigo(a), não faça de sua dor um ponto final em sua vida. Não se envolva em relacionamentos destrutivos para tamponar seu sofrimento. Não seja reativo. Não desista da vida nem tampouco dos relacionamentos. Escolha entregar sua aflição a Jesus para que ele te capacite a ser resiliente curando sua alma e transformando você em um canal de bênçãos para a vida de muitos.

Creia, “muita gente pode ser conservada em vida” por intermédio de você! Há um propósito em tudo…

Deus te abençoe!


[1] Vida em família: aprendendo com as emoções. Escola da inteligência.
[2] Vida em família: aprendendo com as emoções. Escola da inteligência.
[3] Gên. 45 2
[4] Gên. 45.7-8
[5] Gên. 50.20


Débora Fonseca é graduada em Direito e Psicologia, membro da Igreja Presbiteriana em Jardim Camburi e coordenadora do Ministério Luz na Noite

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