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quinta-feira, 28 março 2024

Projeto missionário já resgatou mais de 700 meninas do tráfico

Don Brewster, ligado à entidade Agape International Missions, relatou que o projeto humanitário no qual tem trabalhado já conseguiu resgatar

O tráfico sexual é um grande problema a ser combatido. Para batalhar contra a situação, um um pastor vem se dedicando a libertar mulheres feitas escravas.

O pastor e missionário Don Brewster, ligado à entidade Agape International Missions, relatou que o projeto humanitário no qual tem trabalhado já conseguiu resgatar mais de 700 vítimas do tráfico sexual, incluindo adolescentes que haviam sido vendidas pelas próprias mães.

Sua iniciativa de se dedicar a esse trabalho se deu depois que visitou o país em missão. Quando voltou aos Estados Unidos, descobriu que havia um forte esquema de tráfico sexual, e resolveu agir: “As crianças que eu dei mãos e vi correndo pelas ruas não estavam apenas tentando sobreviver à pobreza. Muitas viviam no inferno, sofrendo torturas. Eu não podia acreditar que tudo estava bem debaixo do meu nariz”, relembrou.

Ele citou o caso da jovem Sephak, de apenas 13 anos de idade, durante entrevista à emissora norte-americana CNN. “Ela foi levada para um hospital, recebeu um certificado que confirmava sua virgindade e foi levada para um quarto de hotel onde foi estuprada por dias. Ela voltou para casa depois de três noites”, contou o pastor.

Brewster revelou ainda que a mãe de Sephak, Ann, decidiu expor a filha a essa situação porque a família estava endividada e precisava dos US$ 800 oferecidos pelos exploradores. Posteriormente, Ann obrigou a filha a se prostituir em um bordel, mas depois que foi evangelizada e conscientizada de suas ações, declara estar arrependida.

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A menina hoje participa do projeto da entidade missionária, que ajuda as mulheres sobreviventes do tráfico sexual, ensinando-as a produzir pulseiras artesanais e roupas para serem vendidas. “Hoje eu sinto muito mais estabilidade do que antes. Agora eu tenho um trabalho decente. Eu realmente quero que outras pessoas tenham o tipo de trabalho que tenho”, afirmou.

Apesar da mudança de vida, ficaram os traumas, e a jovem diz não entender como uma mãe vende a própria filha: “Elas não têm dinheiro, então fazem suas filhas trabalharem. Mesmo agora, vejo muitas mães que não entendem os sentimentos de suas filhas. Elas não entendem que suas filhas têm corações, que sofrem”, lamentou.

O trabalho de Don Brewster se concentra no Camboja, onde ele está há 12 anos com sua família e já conhece os locais que concentram o tráfico sexual: “Quando falamos sobre o tráfico sexual infantil, este é um epicentro”, afirmou, referindo-se à vila de pescadores chamada Svay Pak, nos arredores da capital, Phnom Penh.

“Quando chegamos a Svay Pak, o índice era de 100% — se você fosse uma garota nascida aqui, você seria traficada. Hoje a taxa é inferior a 50%”, comemorou.

 

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