Na Coreia do Norte, um dos países onde a perseguição contra cristãos é severa, um pastor foi condenado à prisão perpétua, de acordo com a Xinhua, agência de notícias estatal chinesa.
O cristão, que havia sido detido no início do ano, passou por um rápido julgamento em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, e recebeu a sentença. Hyeon Soo Lim nasceu na Coreia do Sul e mudou-se para o Canadá, onde pastoreava a Igreja Presbiteriana Coreana da Luz. O pastor foi para a Coreia do Norte em missão humanitária, onde já havia trabalhado em orfanatos e asilos.
Lim foi acusado de criticar a Coreia do Norte, e de ajudar cidadãos a deixar o país. No julgamento, o pastor ainda foi declarado culpado de fazer uma aliança com os Estados Unidos e com a Coreia do Sul para propagar informações contrárias ao governo da Coreia do Norte.
Segundo noticiou a Xinhua, Lim confessou suas ações como crimes diante do Tribunal Supremo. Em agosto, o governo da Coreia do Norte já havia divulgado um vídeo no qual o pastor afirmava diante da congregação de Pongsu, em Pyongyang, que era um criminoso. “Cometi o pior crime de todos, insultar e difamar a dignidade e a liderança da república”, declarou Lim no vídeo.
A Coreia do Norte está entre os países onde os cristãos sofrem intensa perseguição, e são proibidos de professar a fé abertamente. A situação é de conhecimento mundial. Joseph Kim, no livro “Under the Same” Sky (Debaixo do Mesmo Céu, em tradução livre), conta como a vida é difícil na Coreia do Norte, país assolado pela fome em 1994, onde até mesmo relatos de canibalismo foram registrados. O governo da Coreia cuida do país pela força e pelo controle. Seu líder, Kim II-Sung, deve ser obedecido até o mínimo detalhe, do contrário, é dado a ordem para espancamentos, prisões e até execuções.