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quinta-feira, 28 março 2024

Ordinário, marche!

Em uma tropa, quando ela está formada, o sargento dá a ordem: ordinário, marche!

Nesse instante, três coisas acontecem: a) toda a tropa inicia a marcha; b) todos marcam com o pé esquerdo e iniciam com o pé direito; c) todos seguem a mesma direção. Confesso que sempre fiquei meio ressabiado com essa ordem, pois seriam os soldados um bando de “ordinários”? Só depois de algum tempo fui informado que “ordinário” é o tipo de marcha que os soldados deverão caminhar. A ordem certa deveria ser: em passo ordinário, marche.

Como muitos consideram a Igreja como um exército, fiquei imaginando em que passo ela está caminhando em nossos dias. Acho que estamos muito mais no passo lento (quase parando) do que no passo ordinário. Por quê? Percebo que nem todos estão marchando. Há um grupo significativo que está literalmente sentado à beira do caminho, descansando de não sei o quê. Dentre os que estão marchando, muitos estão fora do passo da tropa. Parece que cada um adota seu próprio passo sem se importar com os demais, e o pior: muitos que até estão marchando bem não seguem na direção correta que o nosso supremo General quer que caminhemos. Se de fato a Igreja fosse um exército, teríamos uma derrota fragorosa.

Mas precisamos mudar esse quadro. Se é em marcha ordinária, lenta ou acelerada, cada um deve decidir. Mas não podemos adiar a entrada nessa formação. O propósito da Igreja é seguir adiante, cada um de nós deve cumprir sua missão com a certeza de que estamos marchando para alcançar nosso soberano objetivo. Que marche a Igreja!

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QUAL O LIMITE?

Há algum tempo, o que tem me deixado nervoso é definir se há um limite entre o sagrado e o profano. Até que ponto um cristão pode (ou deve) abrir mão de suas convicções espirituais em favor da sua profissão ou do ganhar mais? Não estou falando disso por causa do fato de alguns atores cristãos darem um péssimo exemplo, mas por ver os padrões éticos e morais herdados das gerações passadas jogados literalmente no lixo em nossos dias. Outro dia fui pregar em uma igreja e, após o culto, fui convidado pelo pastor para comer uma pizza. Para minha surpresa, ao chegar à pizzaria, encontro o irmão que dirigiu o culto (nada demais nisso) com um grande avental. Mas o que me surpreendeu foi o fato de ele ser o dono daquele estabelecimento, que, além da pizza, servia bebidas alcoólicas e cigarros sem qualquer resquício de que fazia algo errado. Obviamente, não fui louco o suficiente para perguntar o que ele achava de vender bebidas e cigarros em pleno domingo!!! Mas que fiquei preocupado, isso eu fiquei.

Percebo que ultimamente o cristão não é mais o “guardador” dos bons costumes (tampouco dos costumes), e parece que não há mais limites “para tudo que intentarem fazer”. Parece que a fala de Jesus para aquele pai desesperado de que “tudo é possível ao que crê” (Mc 9:23) tornou-se a senha para qualquer cristão fazer qualquer coisa.

Como diz meu sábio pai, acho que estão mexendo em casa de marimbondo. Isso não vai resultar em coisa boa.

QUERO VIVER 500 ANOS

Li um artigo escrito pela jornalista Raquel Beer no qual ela, extremamente empolgada, mostrava que todo o desenvolvimento tecnológico de nossos dias, em no máximo 100 anos, dará ao ser humano a capacidade de ser eterno. Ela cita no artigo duas afirmações do biólogo inglês Aubrey de Grey, que “pelos seus cálculos, já nasceu o humano que chegará aos mil anos”, e que “é patético ver o envelhecimento como natural”.

Mas o que me empolgou no artigo foi o seu final. Depois de mostrar e comprovar que a ciência muito em breve permitirá que o homem seja imortal, ela conclui textualmente: “Eles têm a vida eterna, mas, decrépitos e descrentes, desesperados, inevitavelmente chegam a um estágio em que prefeririam a morte.” Confesso que, apesar da minha empolgação de quem sabe, viver pelo menos até uns 500 anos, lembrei-me de Apocalipse 9:6, quando fala que os “homens buscarão a morte e não a acharão. Também terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles.”

A morte é nossa inimiga, mas daí a consegui-la vencer com tecnologia há uma grande distância. Gostaria de ver todos esses aparatos tecnológicos desenvolvendo homens mais éticos e menos corruptos, mais amorosos e menos belicosos, mais protetores e menos destruidores. Tenho que concordar com Raquel. Será mais fácil criar um homem de 10 mil anos do que um homem menos corrupto.

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