A fabricante de videogames japonesa Nintendo surpreendeu usuários e afirmou que não cederá a pressão para permitir relações homossexuais entre personagens de um popular jogo que simula a vida real.
O anúncio ocorreu depois de uma campanha originada nas redes sociais para que a empresa permitisse relacionamentos entre avatares do mesmo sexo no jogo “Tomodachi Life”.
Lançado no Japão, o game é um sucesso de público, especialmente entre adolescentes. O usuário cria um personagem virtual (avatar) e controla sua rotina, como tomar banho ou ir ao trabalho.
Em nota, a Nintendo disse que “nunca teve a intenção de fazer qualquer forma de crítica social” com o produto. A empresa planeja lançar o jogo nos Estados Unidos e na Europa em breve.
“As opções de relacionamento no jogo representam um mundo de brincadeira e não é uma simulação da vida real”, informou um comunicado divulgado pela subsidiária da companhia nos Estados Unidos.
“Esperamos que nossos fãs encarem o ‘Tomodachi’ como um jogo esmerado e único, e que, em nenhum momento, tivemos a intenção de fazer qualquer crítica social”, acrescentou a nota.
A campanha para que a fabricante japonesa liberasse o relacionamento entre avatares do mesmo sexo partiu do americano Tye Marini, um jovem gay de 23 anos que mora no Estado americano do Arizona.
Ele alega que não tem acesso a “conteúdos exclusivos” do game uma vez que seu personagem não pode se casar.
A Nintendo, por outro lado, afirmou que a “opção por relações homossexuais no jogo não fazia parte do game original lançado no Japão”.
“O jogo é baseado em um mesmo código-fonte para todas as regiões fora do Japão”, justificou. A companhia afirmou que vêm “acompanhando cuidadosamente” as reações dos usuários à campanha.
Fonte: Site G1