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sexta-feira, 29 março 2024

Morre bebê britânico Charlie Gard

Foto: Family of Charlie Gard via AP

O casal Connie Yates e Chris Gard lutava para que seu filho fosse mantido vivo com a ajuda de aparelhos e que fosse transferido para os Estados Unidos para ser submetido a um tratamento experimental.

O bebê Charlie Gard morreu nesta sexta-feira (28) aos 11 meses. Ele sofria de uma doença incurável. De acordo com o G1, a informação foi confirmada pela rede britânica BBC e pelo jornal “The Guardian”. Ele estava internado em um hospital de Londres, no Reino Unido.

Seu caso se tornou mundialmente conhecido depois que a justiça britânica proibiu seus pais de retirá-lo do hospital e negou uma transferência aos EUA para um tratamento experimental.

Em um comunicado citado pelo “The Guardian”, a mãe do bebê, Connie Yates diz: “Nosso lindo bebê se foi. Nós estamos muito orgulhosos de você, Charlie”.

Após a confirmação da morte, o Papa Francisco postou no Twitter uma mensagem, na qual diz: “confio o pequeno Charlie ao Pai e rezo por seus pais e por todos que o amaram”.

Charlie sofria de síndrome de miopatia mitocondrial, uma síndrome genética raríssima e incurável que provoca a perda da força muscular e danos cerebrais. Ele nasceu em agosto de 2016 e dois meses depois precisou ser internado no Great Ormond Street Hospital, em Londres, onde passou o resto de sua vida.

Na manhã de quinta, o juiz Nicholas Francis havia determinado a transferência de Charlie para uma clínica de cuidados paliativos, onde ele “inevitavelmente” viria a falecer em pouco tempo com o desligamento dos aparelhos que o mantinham vivo.

“Não é do interesse de Charlie que a ventilação artificial seja mantida e, portando, é legal e de seu interesse que ela seja retirada”, escreveu na sentença. O juiz proibiu a divulgação da data da transferência e do nome do local para onde ele seria levado.

A decisão foi tomada depois que os pais do bebê e o Great Ormond Street Hospital não conseguiram chegar a um acordo sobre quando e onde ele deveria morrer. Chris Gard e Connie Yates queriam levar o filho para casa para que ele passasse seus últimos momentos ali, mas a equipe médica alegava não ser possível transportar o equipamento hospitalar, o que tornava necessário que ele permanecesse internado.

Na última segunda-feira o casal havia retirado seu apelo às autoridades judiciais britânicas para que a criança fosse mantida viva com a ajuda de aparelhos e para que sua transferência aos EUA – onde seria submetida a um tratamento experimental – fosse autorizada.

“Para Charlie, é muito tarde, o tempo acabou. Ele sofreu danos musculares irreversíveis, e o tratamento não pode mais ser bem-sucedido”, declarou na ocasião o advogado da família, Grant Armstrong.

“Nós decidimos deixá-lo ir. Ele tinha uma chance real de melhorar. Agora, nós nunca saberemos o que aconteceria se ele fosse tratado”, disse Connie na saída do julgamento.

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