Gilberto Silva é um Missionário, que está no Paraguai com a família há 20 anos levando a palavra de Deus.
Fazer missões é um desafio. E se for para em lugares com outra cultura o desafio ainda é maior. O missionário Gilberto Silva está em Assunção, no Paraguai há 20 anos. Ele veio em Vitória (ES) participar de um congresso Missionário em novembro.
Em sua mensagem ele desafiou os cristãos a fazerem missões onde estiver e cumprir o mandamento de Jesus, o Ide. Em entrevista A Comunhão ele destacou os desafios de fazer missões em um país em que apenas 3% da população é evangelizada. Confira:
Há quanto está fazendo missões no Paraguai e o que mais marcou a sua vida nesse tempo?
Há 20 Anos a “Missão Josué”, da Assembleia de Deus em Jardim América, em Cariacica (ES), nos enviou ao Paraguai para desenvolver o trabalho missionário. Os desafios foram grandes, mas a perseverança nos levou a ver os planos de Deus sendo realizados através da nossa vida. Nesses 20 anos foram implantadas 11 igrejas, a regularização do estado civil e religioso de 296 casais, certidão de nascimento e RG de 2028 crianças que possuíam apenas registro de nascido vivo. Também abrimos um centro socioeducativo e religioso onde a garotada recebe alimentação e reforço escolar. Três desses locais tem 270 crianças e são administrados por nós. Vários batismos nas águas, líderes e obreiros foram treinados para servir na obra do Senhor. Também temos a construção de um templo sede que está em obra. Em 2018 planejamos ainda a compra de um terreno e a edificação de mais uma igreja para a glória do Senhor.
Apenas 3% da população Paraguaia é evangelizada. Como é realizar o trabalho missionário em um país onde poucas pessoas conhecem o evangelho?
Temos um grande desafio por diante porque estamos falando de 97% de uma nação que precisa ser alcançada com a mensagem do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. O Paraguai é um país que professa, em sua grande maioria, a fé católica. Mas nos últimos anos o evangelho vêm crescendo, principalmente região metropolitana. Isso é fruto do trabalho de oração, jejum e entrega das igrejas evangélicas unidas no país.
Qual a estratégia de abordagem às pessoas?
O tradicional método evangelístico com folhetos de casa em casa e campanhas evangelísticas em ruas e praças públicas. O método que melhor se aplica ao Paraguai é quando uma família convertida evangeliza outras famílias ou a sua própria. Essa estratégia tem funcionado e dado resultado.
Qual a mensagem de encorajamento que você deixa para os cristãos relacionados a obra missionária?
Acredito que há um grande desafio em relação as igrejas investirem em missões hoje. O ide de Jesus está ofuscado por conta do comodismo entre aqueles que deveriam disseminar as boas notícias de salvação. Essas pessoas somos nós crentes. Hoje, mais do que nunca, a igreja brasileira deve despertar para esta realidade porque se trata de resgatar almas para o reino de Deus. E não devemos medir esforços para fazer com que as boas novas de Cristo chegue a todos os corações. Investir na obra missionária é uma responsabilidade da igreja brasileira porque ela é fruto de um trabalho missionário e quem conheceu o evangelho deve se esforçar para fazer com que outros o conheçam.