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sábado, 20 abril 2024

Mene, Tequel!

Era visível a Isaías que Israel estava cada dia mais longe do seu Deus. Isso amargurava o profeta, que conhecia as consequências desse desprezo.

Por muitas décadas, ele advertiu o povo, clamando e insistindo para que mudasse seu destino. Por mais que se angustiasse, Isaías chegava ao final da vida certo de que o mal estava à porta, que o destino traçado pelo povo tornara-se irreversível.

É obvio que o cativeiro babilônico era (e foi) um grande mal para Israel, mas coisas piores também aconteceriam. Uma delas, anunciada pelo próprio profeta, nos chama atenção, pois se assemelha em muito à situação atual pela qual passa nosso Brasil: “Que o direito se retirou e a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas praças, e a retidão não pode entrar” (Is 59:14).

Será que estamos no limiar de um grande julgamento por parte de Deus para nosso país, e a Igreja, serelepe, segue alienada por se achar cidadã do céu, acreditando que nada disso a atingirá? Será que nós (cristãos) continuamos a acreditar que “nenhum mal chegará à nossa tenda”, apesar de conhecermos os absolutos do Soberano e descaradamente praticarmos o relativismo intrínseco de nossa subcultura do jeitinho brasileiro pra conseguir qualquer coisa? Até quando a Igreja não terá coragem de orar para que desça fogo do céu sobre nosso país? Ou, à semelhança dos fariseus, vivendo na plenitude dos tempos, continuaremos seriamente preocupados se devemos dar o dízimo da hortelã no primeiro ou no terceiro domingo de cada mês? “Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei, orai, por ela ao Senhor; porque na sua paz, vós tereis paz” (Jr 29:7).  Mene, Tequel!

O PIOR INIMIGO DA IGREJA

Estava conversando em uma roda de jovens crentes atualizados e quis saber qual a opinião deles sobre a Igreja nos tempos atuais. Confesso que fiquei surpreso e ao mesmo tempo desanimado (ou seria desesperado?) ao perceber que boa parte deles não tinha uma visão clara sobre a importância do papel do Corpo de Cristo em nossos dias. Muitos até acreditavam que a Igreja que está aí é um mal, uma tragédia no meio da sociedade, e que para nada está servindo. Mas meu mal-estar foi maior quando notei que a maioria tinha dúvidas se ela ainda é necessária nesta época em que vivemos.

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Por que meu desespero? Porque dúvidas são sinônimos de quem não sabe qual direção tomar. Se não sei para que serve a Igreja, para que mantê-la, ajudá-la ou dela participar?
Tiago afirma que “o que duvida é semelhante à onda do mar (…). Não suponha que esse homem alcançará, do Senhor, alguma coisa” (Tg 1:6-7).  Mateus acrescenta que, se não duvidarmos, faríamos coisas grandiosas” (Mt 21:21).

Mas parece que, para essa geração, a dúvida sobre a necessidade da Igreja é real e desestimulante. Se é assim, qual o futuro dessa instituição?Sabemos que nem as portas do inferno derrubam a Igreja, mas creio que estamos no limiar de uma nova ameaça: os cristãos! Havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará!

ÉS RICO? ENTÃO UMA COISA TE FALTA

Uma das passagens mais intrigantes que temos nos evangelhos é a do jovem rico. Primeiro, vem a pergunta inicial do moço: “Que farei para herdar a vida eterna?” (Lc 18:18). Essa indagação já havia sido feita pelo intérprete da lei (Lc 10:25), no trecho em que Jesus utiliza a parábola do bom samaritano para direcionar o assunto para a questão que realmente importava – quem é meu próximo! Mas para o jovem rico, Cristo muda de estratégia e volta com um questionamento idêntico ao que ele já deveria ter ouvido centenas de vezes em sua sinagoga: “Conhece os mandamentos?” Aqui está a primeira grande lição para aquele jovem: muitas vezes ouvimos uma mensagem de grande importância, domingo após domingo, mas não a levamos a sério.

Mas Jesus continua: “Uma coisa ainda te falta!” O fato de ir à igreja, ler a Bíblia, ser dizimista e fazer parte de um ministério não é o mais importante em uma vida cristã. Percebo que muitos que se dizem crentes fiéis preenchem suas vidas com tantos penduricalhos espirituais que não têm tempo para fazer o que é essencial. De que adianta ler a Bíblia diariamente, orar três vezes por dia, pertencer a um ministério se não falo de Cristo para o perdido? Noventa e cinco por cento dos cristãos nunca levaram ao menos uma alma a Jesus, e a única ordem dada por Cristo foi: ide e fazei discípulos de todas as nações. Você é rico da graça, mas será que não está faltando algo em sua vida?

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