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quinta-feira, 25 abril 2024

Mantenha-se no time principal

Por mais que alguém tente viver como sempre viveu; tocar os negócios, a casa e a igreja como sempre tocou, não conseguirá. Os tempos são outros e ninguém segura as constantes mudanças. A informática, a genética, o sistema financeiro, a televisão, a aviação, a indústria cultural, os movimentos classistas, a fusão dos ritmos musicais, a inversão dos valores estéticos, a proliferação das religiões, a relativização dos valores morais e éticos são só alguns dos pontos nevrálgicos dessas mudanças.

Alguém diria: “mas, o Reino de Deus continua o mesmo”. Em seus princípios, sim; em sua forma, não. O modelo padronizado pela Igreja Católica e depois imitado (caiado) pela igreja reformada está com data de validade vencida. Outro diria: “Então, é muda ou morre?”. Calma! A igreja é um tipo de empresa que não quebra nunca, pois, Jesus é o seu diretor-presidente e o Espírito Santo garante suporte financeiro e motivacional para os integrantes. Quem quebra são os seus agentes, os cristãos, e os seus métodos. No entanto, estes são substituídos pelas novas gerações de cristãos e pronto: o Reino segue em frente.

Assim sendo, a preocupação dos cristãos deve repousar no quanto estão dentro da visão de Deus para o novo tempo da humanidade. Quem não quiser ir para o “banco de reservas” do time denominado Igreja de Jesus terá que se adaptar ao novo estilo de jogo. Quem avaliar todas essas mudanças tecnológicas e ideológicas à luz da Bíblia perceberá que nenhuma interfere no bom andamento da expansão do Evangelho. Muito pelo contrário. Analisemos.

Os missiólogos do passado descobriram que o mundo possuía 24 mil etnias subdivididas em três grupos, por complexidade linguística, sendo oito mil para cada. Obviamente, começaram os trabalhos missionários com os povos de línguas próximas as suas línguas, depois, passaram aos de línguas um pouco mais complexas. Atualmente, resta ser alcançado o terceiro grupo, o que possui as línguas mais complexas. A tarefa está em sua nascente e seria impossível de ser realizada sem a existência do computador. Deus conduziu os fatos, as invenções, os processos de evangelização através dos séculos, e os missionários se adaptaram.

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Contudo, um bom observador verá que as 16 mil etnias já evangelizadas estão se subdividindo e a sociedade está voltando ao seu estado tribal inicial. O desafio de pregar o Evangelho à geração atual não se limita mais as oito mil etnias não alcançadas, mas às milhares de outras tribos que diariamente emergem. Definitivamente, não somos mais somente homens, mulheres, crianças, adolescentes e jovens. Surfistas, artistas, presidiários, mendigos, internautas, hippies, atletas, empresários, prostitutas, homossexuais, lésbicas, surdos, viciados, mães solteiras, índios, ribeirinhos, imigrantes, cowboys, caminhoneiros, motociclistas, desviados, capoeiristas, roqueiros são só algumas tribos da geração atual. Qualquer diferença de opinião é motivo para que apareça nova tribo.

Portanto, líderes religiosos que não se atualizarem para alcançar as tribos vão para o banco de reservas. Lá assistirão os “antenados” ganharem o jogo e não poderão se queixar. Não perca a oportunidade que a sua geração lhe dá. Aproveite, enquanto você está no time principal, recicle seus conceitos, se adapte às novas técnicas. Paulo já sabia das coisas: “De qualquer forma, contanto, que Cristo seja anunciado, quer por pretexto, quer não, alegro-me com isso…” (Fl 1:18). Desde que seja ética e bíblica, a forma não é importante; a mensagem é que interessa; ouvir a voz de Jesus dizendo “servo bom e fiel” é o que vale a pena. Culturas passarão; o Evangelho, jamais.

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