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sábado, 20 abril 2024

Maioria dos cristãos discorda que `bandido bom é bandido morto´

Popularizada pelo delegado José Guilherme Godinho, o “Sivuca” que atuou nos anos 80 no Rio de Janeiro, a frase “bandido bom é bandido morto” parece não ser tão bem aceita entre alguns grupos de cidadãos que vivem no estado, incluindo a maioria dos evangélicos.

Segundo uma pesquisa intitulada “Olho por Olho” e divulgada nesta quarta-feira (5) pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, seis em cada dez moradores da capital discordam da expressão sobre os criminosos, enquanto 31% afirmam concordar integralmente. Uma pequena parcela de 3% se declarou neutra ou não respondeu sobre o tema e 6% concordam apenas em parte com a frase.

A pesquisa também mostrou que entre os moradores do RJ que se declaram evangélicos, a expressão é ainda mais repudiada. Cerca de 73,4% dos protestantes afirmaram que discordam completamente da frase.

A pesquisadora Julita Lemgruber disse que este talvez seja um dos dados mais surpreendentes do estudo, porque pode dissociar os cristãos dos estigmas que muitas vezes são colocados sobre este grupo.

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“A grande maioria da população do Rio que se identifica como evangélica praticante não apoia as violações de direitos que muitas vezes a bancada evangélica no Congresso apoia”, afirmou Julita.

As estatísticas resultantes da pesquisa também apontaram que os cristãos também são os que mais apoiam iniciativas de ressocialização. Enquanto 73% dos cariocas em geral acreditam na regeneração de um criminoso, 86% dos cristãos praticantes apoiam estes projetos.

A pesquisa ouviu 2.353 pessoas, com pelo menos 16 anos de idade, em pontos de fluxo do município do Rio de Janeiro. O questionário tinha mais de 40 perguntas e foi aplicado em março e abril do ano passado (2016).

Uma segunda chance
Líder do projeto Celebrando Restauração (CR) na Fundação Batista Central de Fortaleza (CE), o pastor Nelson Massambani afirma que ele é prova viva de que um criminoso pode ter sua vida transformada.

Atualmente, o Celebrando Restauração formou uma parceria sólida com Vara única de Execução de Penas Alternativas e Habeas Corpus – Vepah para dar uma oportunidade de reintegração social e até mesmo de profissionalização a pessoas que cometeram delitos com penas de até 4 anos.

Massambani também revelou que já foi presidiário e até hoje é grato à segunda chance que teve para investir em sua transformação.

“Eu estive preso. Então eu sei o que é ter uma segunda chance. Eu digo que estive preso, não só na cadeia física, mas eu sei o que estar preso na dependência química, do álcool, da droga. Esse trabalho é tudo aquilo que eu gostaria de oferecer a alguém, dizendo que existe uma segunda chance”, afirmou.

Atualmente, o pastor Nelson também visita presídios do estado do Ceará, desenvolvendo um trabalho de capelania com os internos.

Fonte: www.cpadnews.com.br

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