Trump e Kim fizeram um comunicado conjunto no final da reunião, apenas com seus intérpretes. Analistas duvidam do quão eficaz o acordo seja a longo prazo em fazer com que a Coreia do Norte desista de seu arsenal nuclear
O mundo parou para acompanhar o encontro histórico entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o líder norte-coreano Kim Jong-Un, realizada em Cingapura nesta terça-feira (12).
Confirmando as expectativas, Kim prometeu avançar para a desnuclearização completa, enquanto os Estados Unidos prometeram suas antigas garantias de segurança. O início das negociações destinadas a banir o arsenal nuclear da Coreia do Norte poderia ter ramificações de longo alcance para a região, e em uma das maiores surpresas do dia, Trump disse que iria parar exercícios militares com o antigo aliado Coreia do Sul.
“O presidente Trump se comprometeu a fornecer garantias à Coreia do Norte e o presidente Kim Jong Un reafirmou seu compromisso firme e inabalável com a desnuclearização completa da península coreana”, disse o comunicado. Os dois líderes pareceram cautelosos e sérios quando chegaram à cúpula no hotel Capella, no Sudeste Asiático.
O encontro
Depois de um aperto de mão, eles logo estavam sorrindo e abraçando um ao outro pelo braço. Trump e Kim se dirigiram à biblioteca onde dialogaram apenas com a presença de seus intérpretes. Dias antes, o líder americano havia dito que saberia dentro de um minuto depois de se encontrar com Kim se eles chegariam a um acordo.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e autoridades norte-coreanas manterão as negociações de acompanhamento “o mais cedo possível”, disse o comunicado.
Apesar de Kim anunciar que a Coreia do Norte estava destruindo um grande local de teste de motores de mísseis, Trump disse que sanções contra a Coreia do Norte permaneceriam no local por enquanto.
O projeto de monitoramento da Coreia do Norte da Universidade John Hopkins, 38 North, disse na semana passada que a Coreia do Norte havia destruído uma instalação para testar mísseis balísticos baseados em canister. Trump disse que os exercícios militares regulares que os Estados Unidos realizam com a Coreia do Sul são caros e provocativos. Sua interrupção dos exercícios poderia abalar a Coreia do Sul e o Japão, que dependem de um guarda-chuva de segurança dos EUA.
Com informações do Charisma News.
LEIA MAIS
Cristãos mobilizam jejum e oração por Trump e Kim
Encontro das Coreias – Uma nova história de união e paz
Coreia do Norte ameaça retroceder em acordo
Trump manda recado de paz à Coreia do Norte
EUA cancela encontro com a Coreia do Norte