A legislação, publicada nesta sexta (11) no Diário Oficial da União, institui o ‘Julho Amarelo’. A meta é realizar ações anuais de combate à doença, que registrou mais de 40 mil casos em 2017.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nesta quinta (10), a lei que institui o ‘Julho Amarelo’. A legislação estabelece que deverão ser realizadas em todo o país, neste período, ações de combate às hepatites virais — dos tipos A, B, C, D, e E — que somaram mais de 40 mil casos no Brasil em 2017.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) havia estabelecido, em 2010, a data de 28 de julho como o Dia Mundial da Hepatite. Diversos estados e municípios brasileiros já promoviam iniciativas de combate à doença.
O Ministério da Saúde alerta que as hepatites virais são doenças silenciosas, que nem sempre apresentam sintomas. Quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Hepatite
A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, remédios, álcool e outras drogas, assim como doenças autoimunes, segundo o Ministério da Saúde. A maioria das hepatites causadas por vírus no Brasil são dos tipos A, B, e C. O tipo C é o que mais mata no país, sendo responsável por 70% dos óbitos.
A transmissão pode acontecer por contato de fezes com a boca, nos tipos A e E. Para os tipos B e C, a doença é transmitida através do contato com sangue contaminado — seja em ambientes hospitalares ou de laboratório, por exemplo, até por meio de compartilhamento de seringas ou agulhas. A hepatite também pode ser transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez e o parto.
“Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite”, destaca o ministério.