Em entrevista, o jornalista André Trigueiro disse que aposta na prevenção do suicídio e destaca a importância dos dados divulgados em seu livro.
Segundo relatório mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 800 mil óbitos por ano no mundo seriam por suicídio, o que significa uma média de 2.200 casos por dia ou de um suicídio confirmado a cada 40 segundos. No Brasil, são registrados 32 casos diários.
Engajado na temática, o jornalista e escritor André Trigueiro veio a Vitória nesta quarta-feira (30) para ministrar palestra no 5º Seminário de Prevenção do Suicídio, realizado no Teatro da Ufes, em Goiabeiras (ES).
O encontro é parte da programação do Centro de Valorização à Vida (CVV) de Vitória, por conta da campanha Setembro Amarelo, que tem por finalidade reduzir os índices de suicídio no país.
Em entrevista à Comunhão, o autor da obra “Viver é a Melhor Opção”, da editora Correio Fraterno, destaca a importância de identificar quem precisa de ajuda. “Em 90% dos casos há uma relação com psicopatologias de ordem mental diagnosticáveis e tratáveis. A depressão pode ser tratada e existem grupos de apoio que podem contribuir para que os pacientes sejam tratados”, contou.
Por meio de relatórios da OMS, Ministério da Saúde e entrevistas com especialistas, André mostra em seu livro que o suicídio é um problema de saúde pública que pode ser prevenido com informação e debates que precisam ajudar a vencer esse tabu. “O tabu existe porque a maioria das pessoas não sabe como abordar esse assunto. Pessoas fragilizadas podem ser influenciadas, mas existe uma forma de tratar o assunto e é por isso que escrevi o livro.”
Além disso, André afirma que a publicação não é de autoajuda, mas que já contribuiu para que muitas pessoas mudassem de ideia.
“O livro traz dados sobre a prevenção e a incidência de suicídio no Brasil e no mundo, e funciona para quem quer uma leitura complementar. Surge para as pessoas que sofreram com as patologias e querem melhorar seu estado físico e mental. Muitas pessoas já me procuraram e relataram o quanto o livro os ajudou a mudar de vida”, contou.
André reforça que ‘informação é a base de tudo e que é preciso investir nessa vertente. Para ajudar no tratamento das pessoas que desenvolvem uma psicopatologia é necessário ter mais médicos e profissionais da saúde engajados nessa atividade. É importante que os casos de suicídio sejam divulgados corretamente, e também deve haver mobilização da sociedade.”
CENTRO DE VALORIZAÇÃO A VIDA
O Centro deValorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email, chat e Skype 24h todos os dias.
Em março desse ano, o Ministério da Saúde e o CVV assinaram um acordo de cooperação técnica para permitir o acesso gratuito ao serviço prestado pelo número de telefone 188. No Espírito Santo, o CVV recebe ligações por meio do telefone (27) 3223-4111.