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sexta-feira, 19 abril 2024

Giro pelas manifestações de 7 de setembro pelo país

Centenas de cidades espalhadas pelo país tiveram manifestações no dia de ontem, dia da Independência do Brasil. Eram atos de defesa e contra o governo federal e o presidente Jair Bolsonaro

por Samantha Dias 

Em Vitória, os apoiadores do presidente da República saíram de diferentes pontos da Grande Vitória e se concentrarem na Praça do Papa, em Vitória. Com apenas 5 anos de idade, a pequena Catarina Franchisquetto Libardi foi uma das integrantes do movimento em Vitória.

São Paulo

Na terça-feira (7), cerca de 125 mil manifestantes, segundo estimativas da Secretaria de Segurança Pública, ocuparam pelo menos dez quarteirões da Avenida Paulista. O presidente Jair Bolsonaro discursou por 18 minutos no local. Máscaras de proteção contra a covid eram exceção, enquanto cartazes pedindo o fechamento do STF, contrários especialmente o ministro Alexandre de Moraes, a regra.

As falas de Bolsonaro contra Moraes e o STF, tema central do discurso, provocaram alguns dos momentos mais fortes de aplausos. Quando o presidente disse que Moraes ainda teria “tempo para se redimir” e revogar mandados de prisão contra apoiadores do presidente que atacaram a Corte, o público começou a gritar com pedidos de ações imediatas.

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Com o calor, o sol forte e a dificuldade para se locomover, alguns manifestantes passaram mal e tiveram de ser socorridos por parentes e amigos. A temperatura chegou a 28ºC na região. As placas de ônibus estacionados nos arredores da avenida mostravam que parte do público havia embarcado em outros Estados: Santa Catarina, Espírito Santo e Minas Gerais, além de cidades do interior paulista. Alguns caminhoneiros também estacionaram seus veículos nos arredores.

Manifestantes cercaram a portaria de um prédio na esquina da Avenida Paulista com a Alameda Joaquim Eugênio de Lima, após apoiadores do presidente se desentenderem com um jornalista. Policiais militares tiveram que intervir. O repórter e um câmera foram escoltados até a portaria de um prédio. Uma garrafa de vidro foi atirada em direção aos jornalistas e quase acertou um simpatizante do presidente.

Brasília

Na Esplanada dos Ministérios, estava presente a pauta antidemocrática suscitada de forma recorrente pela militância bolsonarista, mas apareceram demandas como a defesa do agronegócio, o combate à corrupção e o repúdio às prisões de influenciadores governistas.

Entre as longas filas de caminhões e seus motoristas estacionados na Esplanada, estavam famílias com crianças e idosos, evangélicos, produtores rurais e sindicalistas da área, motoqueiros, homens encapuzados e militares fardados conduzindo as tradicionais fanfarras do feriado da Independência. Durante a manhã, houve círculos de oração conduzidos por carro de som, com homens ajoelhados, clamando aos policiais que permitissem sua passagem à Praça dos Três Poderes.

“Queremos Bolsonaro no poder, intervenção militar, faxina no Judiciário e Legislativo, nova Constituição anticomunista e crimininalização do comunismo no Brasil”, dizia uma faixa do grupo Quartel do Bolsonaro. Em outro cartaz, o apelo pela ruptura institucional se repetia: “Bolsonaro acione as Forças Armadas. O povo ordena”.

O que muitos manifestantes desejavam era justamente a ordem do presidente para que pudessem atacar os outros Poderes. “Ele (Bolsonaro) falou de coisas inconstitucionais, isso a gente já ouviu demais”, disse um manifestante em conversa com caminhoneiro para que avançasse contra a barreira de contenção. “Nós temos que fazer nossa parte, se ele não faz a dele”, disse outro, decepcionado com o teor do discurso do presidente.

Discursos

Em dois discursos, pela manhã na Esplanada dos Ministérios, na capital federal, e à tarde na Avenida Paulista, o presidente voltou a questionar a confiabilidade das eleições em urnas eletrônicas e afirmou que não vai obedecer determinações judiciais do ministro do STF Alexandre de Moraes. Disse também que não será preso. O presidente ainda disse que “ou esse ministro se enquadra ou pede para sair”.

Quero dizer àqueles que querem me tornar inelegível em Brasília: só Deus me tira de lá”, afirmou Bolsonaro.

Com informações de Agência Estado e Agência Senado

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