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sexta-feira, 19 abril 2024

Igrejas trabalham no combate ao Aedes aegypti

O Aedes aegypti, que há tempos é um grande problema de saúde pública por transmitir a dengue, espalha ainda mais medo entre a população a partir do crescente número de casos ligados ao vírus da zika e à febre chikungunya, também causados pelo mosquito.

Se o surto da primeira doença sempre foi uma preocupação durante os meses mais quentes do ano, o Brasil agora acende a luz vermelha em 2016 também para a epidemia desse dois outros males. No início de fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência de interesse internacional devido ao aumento de notificações de zika em vários países e também pela possível relação da doença com malformação congênita e síndromes neurológicas. O Ministério da Saúde investiga pelo menos 3.935 suspeitas de microcefalia associada ao vírus. Até o dia 13 do mesmo mês, 508 casos foram confirmados e 837, descartados. 

Atentas à elevação desses números, igrejas têm assumido seu papel social e conscientizado os membros sobre os riscos da proliferação do inseto. É o que acontece na Batista Morada, dirigida pelo Pr. Erasmo Vieira, onde o cuidado de informar é uma constante em reuniões e cultos. “É papel nosso cuidar dos nossos irmãos. Precisamos estar atentos e combater esse mosquito. Todos precisam estar bem informados dos riscos que ele oferece, principalmente as grávidas que temos em nossa igreja”, afirmou o pastor. Lá, os adolescentes também estão engajados e se mobilizam em ações de combate. O Espírito Santo já contabilizou mais de 10 mil registros de dengue neste ano. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), são duas mil notificações a cada semana. No ranking nacional de incidência da doença feito pelo Ministério da Saúde, o Estado já ocupa o terceiro lugar em vítimas. 

O Pr. Paulo Furtunato, líder do Departamento de Saúde da Igreja Adventista do Sétimo Dia para as regiões central e norte do Espírito Santo, ressalta a preocupação com a comunidade em geral, e não apenas com a membresia local. “Queremos o bem de todos e estamos trabalhando e incentivando para que as pessoas estejam conscientes a respeito dessa epidemia e sobre o que podemos e devemos fazer para melhorar essa situação.” 

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E são muitos os trabalhos desenvolvidos pela denominação. Em 19 de fevereiro, Dia do Esportista, cerca de 20 alunos da Escola Adventista da Serra participaram de uma força-tarefa junto com jogadores do Serra Futebol Clube e com uma equipe da Secretaria de Saúde do município. A missão: distribuir panfletos e fazer vistorias em casas na região de Serra-Sede. Cada imóvel visitado foi identificado com um adesivo da campanha #ZikaZero.

Na avaliação do secretário de Saúde da Serra, Luiz Carlos Reblin, o controle do mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da chikungunya é responsabilidade de toda a sociedade. “Nesse contexto, as igrejas e as escolas desempenham um papel fundamental na conscientização dos membros”, comentou. 

Os Desbravadores do bairro Planalto Serrano, que também fazem parte da Igreja Adventista, executaram vários trabalhos de ação social junto à igreja e à comunidade. Um exemplo é a distribuição de panfletos com orientações de como manter longe o Aedes aegypti e do projeto “Caixa Limpa”. Os jovens, em parceria com a associação de moradores, vão até os domicílios e fazem a limpeza dos quintais e das caixas-d’água. É um verdadeiro mutirão contra o inseto. “A gente entende nosso papel social como Desbravadores. Além de ajudar a comunidade, a consequência desses trabalhos é que as pessoas são beneficiadas e depois que nos conhecem acabam visitando nossas igrejas”, falou Rael Silva, diretor dos Desbravadores. Para o início de março, o grupo está organizando uma caminhada com mais de 150 integrantes para distribuição de material informativo e de orientação.

Igrejas trabalham no combate ao Aedes aegypti

A Convenção Batista do Estado do Espírito Santo também tem participado de campanhas com o mesmo propósito. Recentemente, uma equipe distribuiu panfletos próximo à praça do pedágio da Terceira Ponte, em Vitória, incentivado pequenas atitudes do cotidiano que ajudam a impedir a reprodução do inseto. Para o diretor-geral da Convenção Batista, Pr. Diego Bravim, é essencial que todos se unam neste momento. “Por isso é necessário que todos estejam informados e orientados. Isto também é papel da Igreja: servir as pessoas”, defende. 

Outras formas de precaução e combate são a dedetização e o uso do fumacê, pois a limpeza dos ambientes evita o aparecimento de larvas. Em parceria com as igrejas batistas da Grande Vitória, uma empresa que trabalha com controle de pragas tem prestado um serviço diferenciado, indo até os templos e as áreas pertencentes às congregações. “Nós vamos até o local e checamos todo o terreno da igreja. Depois, com nossa equipe, fazemos a limpeza, verificando possíveis criadouros, eliminando- os, e deixando o ambiente mais seguro e protegido contra o aparecimento do mosquito”, afirmou o Pr. Mauro Marques, responsável pela empresa parceira. O trabalho já está acontecendo na Primeira Igreja Batista de Vitória, no Centro da capital, e na Primeira Igreja Batista da Praia da Costa, em Vila Velha.

Igrejas trabalham no combate ao Aedes aegypti

 

Ministros vêm aos ES
No dia 13 de fevereiro, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, esteve no Espírito para participar do mutirão de combate ao Aedes aegypti. Sua vinda fez parte da mobilização nacional #ZikaZero, que aconteceu em diversos municípios brasileiros e contou com a participação das Forças Armadas, das prefeituras e de representantes dos governos Estadual e Federal.

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab também aterrissou em solo capixaba. Ele visitou a Escola Viva São Pedro, em Vitória, para conscientizar os jovens e intensificar a importância de lutar
contra a proliferação do mosquito. Na ocasião, o representante do Executivo federal reforçou a relevância da campanha e conclamou os estudantes a recrutar os amigos, a família e os vizinhos para eliminar os focos de água parada. 

No dia 1º de março, foi apresentado, em Porto Alegre, o teste rápido para detectar o vírus da zika, da dengue e da chikungunya que será produzido por laboratórios do Rio Grande do Sul, de Pernambuco e da Bahia por meio de parceria com uma empresa gaúcha de biotecnologia. O exame é sorológico, capaz de identificar a infecção pela zika mesmo após a fase aguda da doença, em 15 minutos. Os kits custarão R$ 15, e a meta é atender o Sistema Único de Saúde (SUS). A tecnologia brasileira irá detectar ainda se a pessoa já teve o vírus e se, possivelmente, está imune a ele.

 

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