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quinta-feira, 25 abril 2024

Igreja da Holanda faz culto há um mês sem parar

Foto: Reprodução

Pastores fazem revezamento nas celebrações para salvar refugiados no país. Cultos vão durar até que os advogados consigam reverter decisão do governo de extraditar um casal armênio e seus três filhos.

Em Haia, na Holanda, a igreja de Bethel está realizando um culto que já dura mais um mês para proteger uma família de refugiados armênios de serem deportados do país.

A família Tamrazyan fugiu da Armênia há mais de 9 anos, depois que o pai, Sasun, passou a ser ameaçado de morte por sua militância. Ele vive na Holanda desde então, junto com a esposa Anousche e seus três filhos, Hayarpi, Warduhi.

Os Tamrazyan já tinham uma decisão judicial que lhes concedia asilo, conquistada a duras penas, no entanto, o governo da Holanda conseguiu reverter a decisão. Depois disso, a família solicitou a proteção do “perdão da criança”, um programa holandês que dá residência a famílias de refugiados com crianças e que vivam no país há mais de cinco anos.

Mesmo cumprindo todos os requisitos, os Tamrazyan não foram beneficiados por essa política. O resultado era esperado, já que o governo holandês só concedeu 100 dos 1.360 pedidos de perdão de criança que recebeu desde maio de 2013, segundo um levantamento feito pela revista Quartz.

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Assim como outros países da Europa ocidental, a Holanda tem políticas muito duras de imigração que contrastam com a visão progressista que existe do país.

O culto começou no último dia 25 de outubro já dura mais de 700 horas. Pastores de todo o país se uniram para fazer o revezamento da celebração. Além disso, as pessoas da comunidade estão indo aos cultos para prestar solidariedade à família Tamrazyan.

Asilo na Igreja Haia

Com medo de serem expulsos, a filha mais velha, Hayarpi, 21, gravou um vídeo e publicou nas redes sociais, explicando o caso de sua família. “Esta semana eu posso ser expulsa da Holanda depois de 9 anos. Em nome do meu irmão e irmã, eu peço ajuda”, disse.

Os amigos da família têm medo que eles sofram represálias se forem deportados e obrigados a voltar para a Armênia. Foi então que o pastor Axel Wicke, responsável pela igreja Betel em Haia se ofereceu para acolher a família.

O pastor respondeu a jovem no Twitter e se comprometeu a fazer uma maratona de cultos para que a família não seja expulsa.

Nas redes sociais de Hayarpi Tamrazyan, os agradecimentos se multiplicam. Ao mesmo tempo a hashtag #KerkasielBethel que significa Asilo da Igreja Betel, em holandês, se espalhou pelo mundo, com mensagens de apoio à família.

*Com informações do Sempre Família

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